Seguro pede maioria absoluta mas promete Governo coligado

Líder do PS fez várias propostas políticas no encerramento do congresso socialista.

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Seguro falou durante cerca de 50 minutos no encerramento do congresso do PS Nelson Garrido

O secretário-geral do PS já está em campanha eleitoral. O encerramento do XIX Congresso socialista assinalou para António José Seguro uma nova fase. Avançou com propostas políticas, anunciou os seus Estados Gerais e pediu uma maioria absoluta para formar Governo. Mas garantiu que, devido ao “estado de emergência” do país, mesmo com maioria absoluta, fará coligação governativa.

“Pedimos com clareza uma maioria absoluta para governar”, afirmou o secretário-geral reeleito quando falava já do caminho difícil a percorrer que tinha de ser feito “com os pés bem assentes na terra”.

Por isso defendeu “acordos ao nível governamental, parlamentar, ao nível da sociedade e dos parceiros sociais”. E, acrescentou, “mesmo com maioria absoluta não descartarei coligações governamentais, mesmo com maioria absoluta não desistirei de acordos de incidência parlamentar”.

Era a defesa do “consenso para um novo rumo” que tinha de ser feito – na opinião do líder socialista – através de uma “nova cultura do exercício governativo”.

Esse compromisso implicou ainda deixar claro que os “sacrifícios e a contenção orçamental não desaparecerão do vocabulário socialista”. E assumiu ainda a garantia de “honrar as promessas feitas”, que para Seguro é o “melhor contributo para aumentar a confiança dos portugueses nos políticos”. “O problema está mais na atitude dos políticos do que nas regras”, rematou.

A estratégia do líder socialista para a chegada ao poder inclui ainda o recurso ao mecanismo utilizado por António Guterres antes da sua chegada ao Governo em 1995. No seu discurso – que desta vez foi feito sem teleponto e de improviso apoiado por notas – anunciou a realização da Convenção para o Novo Rumo “aberta a todos”.

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