Cicatrizes de Utoya vencem Sony World Photography

Série premiada mostra jovens que escaparam do massacre de Utoya - e as marcas com que ficaram.

Retratos de sobreviventes do massacre de Utoya deram à norueguesa Andrea Gjestvang, 32 anos o prémio de Fotógrafo do Ano nos Sony World Photography Awards.

A norueguesa foi seleccionada entre mais de 122 mil entradas vindas de 170 países representados no concurso. O júri sublinhou a “voz serena e poderosa” da série One Day in History, o massacre levado a cabo num campo de Verão organizado pelo Partido Trabalhista (no poder). Morreram 69 pessoas, cerca de 500 sobreviveram, muitas com ferimentos.

Uma das sobreviventes, Ylva Helen Schenke, 15 anos, retratada na primeira imagem desta fotogaleria, conta: “Mostro as minhas cicatrizes com dignidade, porque as tenho devido a algo em que acredito. É a minha atitude na vida, é o que me mantém em pé. É como as coisas são, e tenho de lidar com isso. Não ajuda ninguém se eu entrar em depressão, muito menos a mim mesma, por isso mantenho a cabeça erguida e foco-me nas coisas boas da vida”.  

Noutras categorias venceram desde cenas de vida quotidiana (Itália) a paisagens (Croácia). O prémio para fotógrafo amador do ano foi para Hoang Hiep Nguyen, um jovem vietnamita de 21 anos que, há um ano, comprou a sua primeira máquina fotográfica.


 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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