Pavilhão de Siza e Souto de Moura vai mostrar 100 projectos nacionais em São Paulo

O pavilhão, com uma área de 400 metros quadrados, vai ficar instalado no Parque Urbano Ibirapuera e quer ser uma embaixada da arquitectura portuguesa no Brasil.

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A maqueta do projecto desenhado por Siza e Souto Moura DR

Um pavilhão desenhado pelos arquitectos Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura vai ser inaugurado a 24 de Junho, em São Paulo, no Brasil, com uma mostra de 100 projectos seleccionados dos últimos 20 anos da arquitectura portuguesa.

O projecto foi apresentado na terça-feira no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, pelos comissários da associação Estratégia Urbana, com a presença do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier.

Desenhado pelos dois arquitectos portugueses vencedores de um Pritzker – o maior prémio mundial para a área –, o pavilhão faz parte de um projecto maior intitulado “Arquitectura Portuguesa – Discrição é a nova visibilidade”. Inclui ainda uma mostra com uma centena de projectos de arquitectura portuguesa e um ciclo de conversas e debates.

Este projecto faz parte da programação do evento Ano de Portugal no Brasil e tem o apoio institucional da Ordem dos Arquitectos e da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP). O pavilhão, com uma área de 400 metros quadrados, será construído com o patrocínio da empresa Mota Engil e vai ficar instalado no Parque Urbano Ibirapuera, em São Paulo, onde a maioria dos edifícios foi desenhada pelo arquitecto brasileiro Oscar Niemyer (1907-2012).

O grupo de comissários – composto ainda por Luís Tavares Pereira, Miguel Judas e Fernando Serapião – escolheu uma centena entre 500 projectos apresentados para representar os últimos 20 anos da arquitectura portuguesa.

A Igreja de Santa Maria, em Marco de Canavezes (Álvaro Siza), o Lar de Idosos, em Alcácer do Sal (Aires Mateus), o Centro de Saúde, em Vila do Conde (Paulo Providência), o Fórum de Sintra (atelier ARX) e o Museu do Design e da Moda, em Lisboa (Ricardo Carvalho e Joana Vilhena), são alguns dos projectos incluídos nesta mostra.

O arquitecto Nuno Sampaio, da Estratégia Urbana, associação privada sem fins lucrativos criada para promover a arquitectura portuguesa a nível nacional e internacional, destacou que esta disciplina “é o topo de um icebergue que inclui projectistas, engenheiros e as empresas da construção”. O pavilhão será inaugurado a 24 de Junho e durante uma semana albergará também um ciclo de debates e actividades de empresas portuguesas do sector.

Na sessão de hoje, Nuno Sampaio lançou um desafio ao sector em Portuga l– desde arquitectos, engenheiros, projectistas e construtores – para apresentarem projectos de actividades que possam ser mostrados no pavilhão em São Paulo.

Quanto ao pavilhão vir a ser recolocado noutro local após a exposição, o comissário disse que “há várias possibilidades mas nada está decidido ainda”.

Na sessão, o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, destacou esta iniciativa, “numa altura em que a arquitectura atravessa dificuldades e precisa de encontrar caminhos”. O projecto “insere-se no contexto da vontade de contribuir para alavancar a arquitectura portuguesa no mundo, valorizando a profissão e tomando iniciativas práticas que conquistem encomendas” para o sector. Para o comissário geral do Ano de Portugal no Brasil, Miguel Horta e Costa, também presente na sessão, “este é um projecto ambicioso que integra um amplo programa de criatividade e modernidade e visa também o intercâmbio empresarial”.     

 
 
 
 
 
 
 
 

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