Seguro defende moção de censura com “situação de pré-ruptura social”

O secretário-geral socialista anunciou a intenção na reunião da comissão política do PS.

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Seguro disse ter tido "em conta" as posições dos socialistas sobre uma moção de censura Rui Gaudêncio

O secretário-geral do PS justificou, na reunião da comissão política, a apresentação de uma moção de censura ao Governo com a “situação de pré-ruptura social” do país.

O anúncio da intenção de avançar com a iniciativa parlamentar foi feito logo no arranque da reunião. O principal argumento para a censura foi a conduta do Governo e o “falhanço” das medidas aplicadas.

“O Governo falhou todos os objectivos”, disse Seguro aos dirigentes do PS e aos deputados. Depois de lembrar a apresentação dos resultados da sétima avaliação da troika pelo ministro das Finanças, Seguro acusou a equipa de Pedro Passos Coelho de oferecer “a uma geração inteira um futuro negro”. “Basta aos sacrifícios”, rematou.

Já no final da reunião Vera Jardim revelava que a proposta de Seguro para a apresentação de uma moção de censura ao Governo tinha sido aprovada por unanimidade.

O líder convocou a reunião extraordinária da comissão política poucos dias depois de ter assumido a “ruptura” com o Governo e anunciado a “hora da mudança”. Foi falando de “tragédia social”, enquanto alguns deputados e dirigentes começavam a defender a moção de censura.

Seguro entrou para a reunião da comissão política dizendo que esta serviria para “dar conta da reflexão” feita pelo próprio sobre a situação do país. “A realidade impressiona-me”, disse o líder socialista, antes de classificar o papel do PS na actual situação como o de um partido capaz de “apresentar soluções para os problemas das pessoas”.

À entrada da reunião, alguns dirigentes socialistas assumiram uma posição favorável à apresentação da moção de censura. “Não é possível esperar mais”, disse o ex-dirigente da federação de Setúbal e ex-deputado Vítor Ramalho. Por seu turno, o deputado Jorge Lacão classificou o actual momento do país como de “excepcional gravidade” e apresentou o PS como um “partido com sentido de responsabilidade de governo”.
 
 

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