Coronado

Gostamos de inquéritos — e de música. Decidimos encostar à parede pequenas editoras portuguesas. Demos com ("a"/"o") Coronado com GPS: eles que se sentem mais colectivo que editora

Foto
Fernando Veludo/nFactos

São um colectivo, mais do que uma editora. São uma família, mais do que um colectivo. No mapa, Coronado é sinónimo de uma localidade "perdida entre o Minho e o Douro Litoral"; por aqui, significa música, uma "mixtape", grandes festas com as bandas deste, no fundo, grupo de amigos. São músicos, são muitos (pelo menos 20), representados por Zé Pedro Santos e Vítor Barros na foto. Para breve, dão o mote a um documentário no Canal 180 e vão organizar mais uma festa. Ainda no segredo, não dos deuses, mas quase.   

Ninguém vos disse que já não se vive da música?

Toda a gente no geral, as nossas mães em particular! Mas na verdade só não se consegue viver da má musica.

Foto
Luís Octávio Costa e Amanda Ribeiro têm saudades do inquérito da revista Pública

Escolheram o nome da vossa editora numa noitada de Scrabble?

Scrabble? Só jogamos Monopólio. O nome da editora vem da mítica terra de Coronado, algures perdida entre o Minho e o Douro Litoral. Mete no GPS!

Que bandas de outra editora levariam para uma ilha deserta?

Todas as bandas da Lovers and Lollypops e da Pontiaq. E podiamos roubar algumas à Sargent House, Deathwish e Subpop!

A vossa editora tem sotaque?

Se tiver, é um "mixmaster" entre Alfacinha, Setubalense e Tripeiro. 

Quando é que foi a última vez que encheram os bolsos — e o ego?

Nunca conseguimos encher os bolsos. Mas enchemos sempre o ego quando relembramos tudo aquilo que fizemos até agora.

Um álbum também se come com os olhos. Quem é o verdadeiro artista?

Os dois, um nunca vive sem o outro. Ou pelo menos não deveria, precisas de olhar para algo enquanto ouves a música.

Qual é o melhor sítio para ouvir música?

A música é uma experiência colectiva e pessoal ao mesmo tempo. Como é altamente dependente do contexto, não existe um sítio predilecto para se ouvir música. Cada sítio vai influenciar de maneira diferente a tua experiência como ouvinte, o que te incute uma perspectiva única de cada vez que carregas num "play". É a magia desta arte.

E que tal uma piada seca?

Ontem fui a um café que dizia que tinha tudo. Eu cheguei ao balcão e disse: 

- Boa tarde, queria uma sandes de tromba de elefante se faz favor. 

Nisto vira-se o empregado e diz:

- Ena amigo, 'tá mesmo com azar, acabou-se agora o pão .

A tua editora também quer um FAQ? Avisa-nos.

Sugerir correcção
Comentar