Comboio Noturno Para Lisboa

Quiséssemos nós ser simpáticos e chamaríamos a Comboio Nocturno para Lisboa um filme falhado – mas isso seria ser demasiado simpático para com este melodrama inexplicavelmente canhestro, entediante chorrilho de lugares-comuns sem pinga de paixão, chama, alma ou personalidade. Mesmo como postal turístico para Lisboa (que era, aliás, uma das suas razões de ser), o filme de Bille August tem qualquer coisa de bafiento e provinciano, para já não falar do modo como subalterniza de modo quase insultuoso os actores portugueses, entregando os papéis principais a um elenco internacional que parece ir em piloto automático meramente alimentar. A questão central, mesmo assim, é outra: a quem se dirige um euro-pudim como já praticamente não se faz?

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