Mourinho denuncia irregularidades nos votos do prémio FIFA

O técnico português diz que houve votos trocados na eleição do melhor treinador do ano.

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Mourinho não foi à gala de entrega do prémio Susana Vera/Reuters

José Mourinho, em entrevista emitida na noite desta terça-feira na RTP, denunciou irregularidades nos votos para o prémio de melhor treinador do ano, atribuído pela FIFA. “Não [estou arrependido por não ter ido à gala da FIFA]. Em absoluto. Foi a decisão certa. Quando mais de uma pessoa me ligou a dizer 'Eu votei em ti e o voto apareceu noutro', eu decidi não ir”, vincou Mourinho, à RTP.

O distinguido com o prémio da FIFA seria o seleccionador espanhol Vicente del Bosque, que recolheu 34,51% dos votos, contra 20,49% de Mourinho.

A FIFA reagiu às declarações de Mourinho, desmentindo a existência de qualquer irregularidade: “Confirmamos que a lista de votação publicada na FIFA está correcta”, disse à televisão pública o organismo que tutela o futebol mundial.

Na entrevista à RTP, Mourinho afirmou ainda não ter encontrado um “antídoto” para o Barcelona. “Não há antídoto. O fundamental é estudar bem as equipas contra quem jogamos e explorar os seus pontos fracos.” O treinador, mostrou-se porém satisfeito por ter deixado nos catalães “dúvidas e receios” que não existiam “há dois anos”.

Admitindo que “em Espanha é difícil ser português”, Mourinho diz que não lê “jornais espanhóis” nem vê “televisão espanhola”, desmentindo as as notícias surgidas na imprensa castelhana que falavam de um desentendimento com Cristiano Ronaldo: “Não houve zanga. Foi uma troca de palavras que um treinador deve ter, se não está morto.”

Depois de revelar que antes de chegar a Madrid já tinha sido “convidado um par de vezes pelo Real”, Mourinho diz que aceitou o convite dos espanhóis “no momento exacto”, visto estar mais “maduro”. “Ganhar já não me deixa louco e perder não me deixa deprimido.”

Negando qualquer acordo já assinado para deixar o Real Madrid no final da época, o treinador português considera que o seu futuro passará por Espanha, Itália, França ou Inglaterra, e justifica-o: “Não me vejo a trabalhar num país onde não possa comunicar.”

Sobre a selecção nacional, diz que “seria uma pena” o trajecto de Portugal ser interrompido “ainda por cima num Mundial que será no Brasil”, acrescentado que para “um jogador como Cristiano Ronaldo” isso seria “algo irreparável”:
 

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