SAYMYNAME, design português à conquista da Ásia

A designer Catarina Sequeira apresenta uma marca de roupa portuguesa maioritariamente virada para o mercado asiático

Colecção de Verão 2013
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Em Portugal ainda são poucos os que conhecem, mas na Ásia os pontos de venda multiplicam-se. A presença em revistas de moda é frequente e até actrizes e cantoras a escolhem para vestir nas entregas de prémios. Falamos da SAYMYNAME, marca portuguesa da designer Catarina Sequeira.

Criada em 2002 como mini colecção para a loja ModaLisboa (espaço LAB) foi em 2010 que encontrou o ponto de viragem: a Ásia. Perante o interesse demonstrado por lojas na China, Catarina percebeu que a expansão passaria por lá, e encontrou um agente em Hong Kong que a representasse. Em 2011 começaram as exportações, e hoje em dia entre 85 a 90% daquilo que produz é vendido entre China, Japão, Singapura ou Coreia do Sul.

A SAYMYNAME assume-se como uma marca essencialmente vanguardista, que dá prioridade à criatividade no seu processo de criação. E nesse sentido, Catarina assume que pensar para o mercado asiático lhe dá uma outra liberdade. “Estou muito mais concentrada naquilo que eles lá usam, do que propriamente aqui. O nosso país é extremamente conservador a nível de formas. Se eu estivesse a criar para o nosso mercado, sentir-me-ia muito mais limitada”.

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Mas claro que nem a moda vive só de criatividade e o factor monetário também é importante. Catarina assume que o crescente poder de compra dos consumidores asiáticos é altamente atractivo, especialmente se tivemos em conta que criou a sua marca em Portugal, em pleno contexto de crise económica. “Acho que todo o comércio, seja de moda ou não, tem que acompanhar um pouco o crescimento local, e neste momento a China está a tornar-se a grande potência mundial. Associado a isso, eles têm também o gosto, não só por marcas de luxo, mas também por marcas que primam pela criatividade”.

Por cá, existem apenas quatro pontos de venda, mas a SAYMYNAME é já presença assídua no ModaLisboa. Assegura ainda uma produção 100% nacional, até porque, diz Catarina, a indústria “dá importância a toda a confecção e aos acabamentos, e têm consciência de que a confecção portuguesa é de muito qualidade”.

E quando lhe perguntamos por planos para o futuro, não hesita “A ideia é continuar a expandir para outros países da Ásia, inclusivamente alargar os pontos de venda no Japão. E tentar também nos Estados Unidos, que é um mercado que tem também abertura a marcas de autor e mais vanguardistas”.

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