Milhares protestam em Espanha contra o desemprego e os cortes nos serviços públicos
Organização diz que aderiram ao protesto cerca de 300 mil pessoas em todo o país.
Convocado pela plataforma sindical Cumbre Social, que integra 150 organizações sindicais e sociais, o protesto reuniu cerca de mil pessoas na capital, Madrid, menos do que é habitual neste tipo de manifestações em Espanha, escreve o El País. A organização, porém, garante que estiveram nas ruas da capital 50 mil pessoas.
Segundo a agência de notícias espanhola Efe, que cita números da organização, terão saído à rua em toda a Espanha cerca de 300 mil pessoas: 66 mil na Catalunha, 30 mil em Valência, 20 mil nas Astúrias.
Em Madrid, a concentração estava marcada para o meio-dia (11h em Lisboa) na Praça Neptuno e os manifestantes desfilaram até à Porta do Sol sem incidentes. Consigo levavam cartazes em que se lia “violência é ganhar 600 euros”, “as pensões na Constituição. Referendo”, “vender o que é de todos é um crime social” ou “estão a roubar a tua saúde”. Outros diziam “nem dívida nem cortes, queremos eleições”, escreve o El Mundo.
À cabeça do protesto estavam os secretários-gerais da CCOO (Confederação Sindical das Comissões Operárias), Ignacio Fernández Toxo, Cándido Méndez da UGT, e Julio Salazar da União Sindical Operária.
As organizações reivindicam uma mudança das políticas económicas em Espanha e na Europa, considerando que os cortes nos serviços públicos ameaçam “seriamente” a convivência democrática e quebram a confiança das pessoas nas instituições.
Esta iniciativa antecede a jornada de luta convocada pela Confederação Europeia de Sindicatos para 13 e 14 de Março em todos os países da União Europeia.