Troika em Portugal mais dois dias é "sinal positivo", diz Aguiar-Branco

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Aguiar-Branco revelou que a troika vai ficar em Portugal até segunda-feira

O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, considerou hoje “um sinal positivo” a permanência da troika em Portugal durante mais dois dias, para a sétima revisão do programa de assistência financeira.

“É sinal que toda esta avaliação é feita com rigor, com cuidado e, por isso, só posso ver como um sinal positivo”, afirmou o ministro, à margem de um jantar de mulheres sociais-democratas, a decorrer na Maia.

Aguiar-Branco reagia assim à notícia de que a sétima revisão do programa português se vai prolongar pelo menos pelo fim-de-semana, apesar de a partida dos membros da troika ter estado prevista para esta sexta-feira.

Questionado sobre as declarações do primeiro-ministro, que sugeriu que descer o salário mínimo potenciaria o emprego, o ministro da Defesa frisou que Portugal não está “em condições de, neste momento, fazer esse aumento do salário mínimo nacional”.

“Mas estamos empenhados em criar as condições para que a nossa economia retome o crescimento, retome as condições para que, por via desse crescimento, haja mais emprego e haja mais perspectivas de futuro”, acrescentou.

O governante sublinhou que o Governo irá “prosseguir” com a sua “linha de actuação”, uma vez que essa “está a dar os seus frutos”, ao permitir um “ganho de confiança” por parte dos credores internacionais, a possibilidade de financiamento de mercado e, consequentemente, o crescimento da economia “mais cedo”.

“Se a economia começar a crescer mais cedo podemos ter as empresas a trabalhar melhor e se estiverem a trabalhar melhor, vamos ter mais emprego. É esta a linha que o Governo mantém e prossegue”, disse.

Para Aguiar-Branco “os portugueses podem estar neste momento com uma expectativa positiva em relação àquilo que é o próximo futuro”.

“O que é importante ter consciência é que o Governo faz tudo para criar as melhores condições para que aqueles que são os mais desprotegidos da nossa sociedade possam vir a encontrar condições de realização, quer profissional, quer no que diz respeito às suas condições de vida e de bem-estar”, salientou.

Questionado sobre se teme alguma revolta militar, num momento em que sucedem manifestações de descontentamento em Portugal pelas políticas de austeridade, o ministro da Defesa respondeu não ter medo “absolutamente nenhum”.

“A nossa democracia está consolidada, a nossa estrutura democrática está consolidada, o poder é hoje o poder soberano do povo português, expresso livremente em eleições e as Forças Armadas têm e sabem o papel que desempenham no Estado de direito democrático, que é um papel subordinado ao poder político”, frisou.

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