Tripulante desaparecido após explosão em navio ao largo de Setúbal

Causas da explosão ainda não são conhecidas. Buscas decorrem no mar e a bordo do navio.

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Explosão ocorreu na proa do navio DR

Um tripulante do navio Harbour-Krystal está desaparecido desde o início da manhã desta quarta-feira, depois de uma explosão a bordo, seguida de incêndio, a 13 milhas a sudoeste do Cabo Espichel, segundo fonte da Polícia Marítima.

O navio tem bandeira das Baamas e transportava oito mil toneladas de nafta (um derivado do petróleo) para o porto de Amesterdão, com 18 tripulantes a bordo. A explosão ocorreu às 8h12 por motivos ainda desconhecidos, segundo a tenente Maria Martins, do departamento de Relações Públicas da Marinha.

"A explosão ocorreu na zona de proa do navio e dela resultou o desaparecimento de um tripulante, de nacionalidade filipina", afirma a mesma fonte. A explosão provocou também danos na estrutura do navio e um incêndio, que ao início da tarde já tinha sido extinto. "O risco de acidente ambiental é mínimo", diz a Marinha numa nota publicada na sua página de Internet.

O navio-tanque, com 116 metros de comprimento, está a ser acompanhado pelo Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo, que accionou a corveta Jacinto Cândido, da Marinha, um salva-vidas da estação de Sesimbra, um helicóptero EH101 da Força Aérea e dois navios mercantes que se encontravam próximos do local onde ocorreu a explosão.

"As buscas pelo tripulante estão a ser feitas a bordo do navio e também no mar com estes meios", disse a porta-voz da Marinha. Às 15h25, continuavam as operações de busca. Foi também emitido um aviso à navegação, para que os outros barcos redobrem a atenção. O Harbour-Krystal não tem autorização para entrar no mar territorial português, ou seja têm de ficar além das 12 milhas da costa, por não estarem reunidas as condições de segurança necessárias.

A Marinha diz ainda que está a ponderar o envio de equipas da Direcção Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos e da Direcção-Geral da Autoridade Maritima, para fazerem inspecções técnicas a bordo, uma medida que está "dependente da declaração de intenção ou necessidade por parte do comandante ou armador em demandar um porto nacional". "As condições de mar no local são adversas com ondulação de quatro metros do quadrante de Sudoeste", acrescenta a Marinha.
 
 

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