Hugo Chávez era fanático de basebol e amigo de Maradona

As ligações desportivas do falecido presidente da Venezuela

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Chávez durante um jogo de exibição em 2010 Jorge Silva/Reuters

Muitas das aparições públicas de Hugo Chávez eram com um fato de treino vestido, umas vezes vermelho, outras vezes com as cores da bandeira da Venezuela (vermelho, amarelo e azul), como que uma lembrança das suas ambições de criança e adolescente: Chávez queria ser jogador profissional de basebol.

Chávez tinha como ídolo Isaías “Latigo” Chavéz, um jogador de basebol venezuelano que actuou nos EUA, nos San Francisco Giants. Foi, aliás, o basebol que motivou Chávez a entrar para as forças armadas do país. Queria jogar na liga militar. “Era o meu sonho. Acho que teria preferido seguir esse caminho. Tornei-me soldado, mas ainda sou aquele jovem que sonhava jogar no estádio dos Yankees”, confesso Chávez em 2009 numa entrevista a Larry King.

Chávez participou em vários jogos de exibição, era adepto do Navegante de Magallanes e tinha contactos frequentes com o seleccionador venezuelano de basebol, mas a ligação de Chávez ao desporto não se ficava por aqui. Chávez reconheceu o papel do desporto na sociedade e promoveu várias competições internacionais no país, entre as quais a Copa América de futebol, em 2007, apoiando ainda a participação de Pastor Maldonado na Fórmula 1, que se tornou em 2012 no primeiro piloto venezuelano a vencer um Grande Prémio.

O futebol não era uma preferência desportiva de Chávez, mas isso não impediu que se tornasse amigo de um dos maiores jogadores de todos os tempos, Diego Armando Maradona, que conheceu através de Fidel Castro. As amizades com os líderes mundiais valeram-lhe ainda uma bizarra ligação ao futebol. Chavéz tinha uma relação próxima com Muammar Khadafi e o antigo ditador da Líbia resolver baptizar um estádio com o nome do presidente venezuelano.

O Estádio Hugo Chávez, com capacidade para dez mil espectadores, foi inaugurado em Benina, cidade próxima de Benghazi, mas a sua existência com este nome durou dois anos. Em Marco de 2011 foi rebaptizado de Estádio Mártires de Fevereiro, em honra dos que morreram durante a guerra civil líbia.

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