O relatório do gabinete de estatística da União Europeia (UE) revela que, em 2011, os europeus tinham, à nascença, uma esperança de vida saudável de 62 anos, enquanto os indivíduos com idades a partir dos 65 anos teriam mais 9 anos de boa saúde.

Segundo dados divulgados, Portugal apresenta valores inferiores à média europeia. Não é o único indicador a contrariar a tendência da Europa dos 27: de uma forma geral, é expectável que os homens portugueses tenham mais anos de vida saudável que as portuguesas, uma tendência mais evidente na idade da reforma (65 anos).  

À nascença, esperava-se que as portuguesas vivessem 59 anos e os portugueses 61 anos. Para os indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, eram esperados mais 6 anos em condições de vida saudável para as mulheres e 8 para os homens.

O indicador anos de vida saudável é diferente do de esperança média de vida. O primeiro contabiliza o número de anos que é expectável uma pessoa, de uma idade específica, viver em condições de vida saudável. Entendem-se por condições de vida saudável a ausência de limitações ou incapacidades, causadas por doenças, que ponham em causa as suas actividades diárias, nos últimos seis meses.

A lista feita pelo Eurostat revela que, dos 27 Estados-membros, Malta e Suécia são os países onde se vive mais tempo em boas condições de saúde. A Eslováquia e a Eslovénia estão nos últimos lugares da classificação. Os suecos a partir dos 65 anos são aqueles que apresentam uma esperança de vida saudável mais elevada, enquanto que, na mesma faixa etária, os eslovacos voltam a estar no fundo da tabela.

A nível europeu, de 2010 para 2011, houve um decréscimo na média da esperança de vida saudável. Em Portugal, contrariamente à UE, assistiu-se a um aumento generalizado do número esperado de anos de vida saudável. Os homens portugueses com idade igual ou superior a 65 anos são a excepção, uma vez que o valor se manteve de um ano para o outro.