É uma figura de destaque na equipa da Williams e há quem questione se será a próxima mulher na grelha da Fórmula 1.

Chama-se Susie Wolff e terá uma importante palavra a dizer durante a temporada de 2013 na equipa Fórmula 1 da Williams. A escocesa entrou para a marca em Abril de 2012, depois de sete temporadas no DTM, e ajudou a desenvolver o modelo da temporada passada, o FW34.

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Nesta época, foi mesmo a primeira a pilotar o FW35, antes dos pilotos da equipa, o venezuelano Pastor Maldonado e o finlandês Valtteri Bottas. Os testes realizados em Idiada, em Espanha, incluíram a condução do monolugar e experiências realizadas em simulador

“Aprendi muito na época passada. Ao alargar o âmbito das minhas competências, nesta época, posso continuar essa progressão. Estou a mostrar que as mulheres podem desempenhar papéis de destaque no automobilismo. Agradeço a Sir Frank Williams e a toda a equipa pela confiança que têm depositado em mim”, escreveu no seu blogue.

Mike Coughlan, director técnico da Williams, considera que Susie Wolff é uma mais-valia para a equipa e garante que os seus resultados no simulador não são inferiores a nenhum dos outros pilotos. Daí a aposta em alargar o âmbito das suas funções na equipa durante a temporada de 2013.

A escocesa de 30 anos tem dado nas vistas e na Primavera será mesmo a estrela do documentário da BBC "The Fastest Woman in The World", realizado pelo irmão David Stoddart. O filme narra a história de Susie, uma mulher a fazer carreira num mundo masculino, e conta com as presenças de Lewis Hamilton e de David Coulthard. 

Desde 1996 no automobilismo

Susie Wolff está no automobilismo desde 1996, ano em que foi considerada a melhor piloto de kart britânica. Nos três anos seguintes, repetiu a proeza. Em 2000, foi considerada a melhor piloto de kart do Mundo. Em 2001, ingressou na Fórmula Renault; em 2005, passou para a Fórmula 3. Entre 2006 e 2012 competiu no campeonato DTM.

Susie Wolff é casada com o ex-piloto Toto Wolff, que para além de ser accionista da Williams, foi director-executivo da equipa e actualmente exerce essas funções na Mercedes.

A preponderância que a piloto escocesa tem vindo a assumir na Williams levanta a questão: poderá ela ser a sexta mulher na F1?

A história da participação feminina na F1 começou em 1958, com a italiana Maria Teresa de Filippis. Seguiu-se Lella Lombardi, também italiana, que competiu entre 1974 e 1976. No mesmo ano, e também em 1978, foi a vez de a britânica Divina Galica fazer parte da grelha da F1. A sul-africana Desiré Wilson competiu em 1980 e, em 1992, surgiu a última mulher na grelha, a italiana Giovanna Amati.

Para além de Susie Wolff, a espanhola Maria de Villota também foi piloto de testes da equipa Marussia. Num acidente, em Julho, perdeu a visão no olho direito.