Venda da ANA “é um símbolo do empenho do Governo”, diz Vítor Gaspar
Contrato de venda da gestora aeroportuária ao grupo Vinci foi assinado nesta quinta-feira no Ministério das Finanças.
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, considerou hoje que a conclusão do processo de privatização da ANA “é um símbolo do empenho do Governo” e um sinal “da abertura da economia portuguesa”, mostrando que o país “é capaz de diversificar as suas fontes de financiamento”.
No discurso que precedeu a assinatura do contrato com os franceses da Vinci, que ganharam a corrida à privatização da gestora aeroportuária, o ministro referiu que a operação é “emblemática no quadro do programa de privatizações português” acordado com as autoridades externas e que abrangeu também a alienação de participações na EDP e na REN, tendo falhado até agora a venda da TAP.
Já o ministro da Economia afirmou que “não seria possível ter-se chegado a este processo, altamente competitivo”, se “os investidores não achassem que vale a pena investir” no país. “Mesmo nos tempos difíceis em que a Europa vive, Portugal é um país atractivo”, sublinhou, acrescentando que a venda da ANA servirá para promover “a criação de empregos”.
Álvaro Santos Pereira terminou dizendo que a privatização da empresa “foi um bom negócio para Portugal e um bom negócio para a Vinci”, que foi seleccionada, de entre um lote de quatro candidatos, para comprar a ANA depois de ter apresentado a melhor oferta (no valor de 3080 milhões de euros).
O presidente do conselho de administração do negócio de concessões do grupo Vinci, Louis-Roch Burgard, frisou que “a ambição é criar valor para clientes e accionistas, mas também para a sociedade”, referindo-se ainda à “ligação” que será criada com Portugal fruto de o contrato prever que este investidor explore os principais aeroportos nacionais por um período de 50 anos.
Depois da assinatura deste contrato, que pressupôs o pagamento de um sinal de 100 milhões de euros por parte da Vinci, a compra ainda fica dependente da aprovação da Autoridade da Concorrência e da Direcção-Geral da Concorrência da União Europeia. Só quando houver luz verde é que a ANA sairá definitivamente da esfera do Estado.