Negócio das concessionárias automóveis com queda de 32% em 2012

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O mercado automóvel deverá cair este ano cerca de 10%, prevê a ACAP Rui Farinha

A queda acentuada nas vendas de automóveis ligeiros de passageiros em 2012 terá levado a uma diminuição do volume de negócios das concessionárias em Portugal para os 3000 milhões de euros, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela DBK.

Um estudo sectorial desta empresa de estudos de mercado aponta para uma contracção dos negócios de 31,8%, tendo em conta não apenas as vendas de carros novos e usados, mas também actividades do sector como a reparação e a mecânica.

Em dois anos, as vendas de ligeiros baixaram perto de 60%, pressionando o volume de negócios das empresas num momento de diminuição do rendimento disponível das famílias, de aumento do desemprego, de deterioração da confiança dos consumidores e de contracção da concessão de crédito para a compra de carro.

Apesar de as vendas nacionais terem aumentado em Janeiro pela primeira vez em dois anos (0,7%), estão longe de repor os níveis de anos anteriores: no primeiro mês de 2013 venderam-se 7000 ligeiros de passageiros, número que compara com 13.200 em Janeiro de 2011, quando o mercado começou a recuar.

Os números das vendas a nível europeu espelham, aliás, o mau momento que o sector atravessa. De acordo com dados avançados nesta terça-feira pela Associação dos Industriais Europeus de Automóveis, o número de ligeiros de passageiros novos comercializados na União Europeia baixou para 885.167 veículos, menos 8,7% do que no ano passado. Para um mês de Janeiro, sublinhou a Associação Automóvel de Portugal (ACAP), é uma “baixa histórica” em 23 anos (o início da série estatística remonta a 1990).

Entre os principais mercados na UE, só o Reino Unido cresceu (11,5%), enquanto na Alemanha houve uma contracção de 8,6%, em Espanha uma queda de 9,6%, em França um recuo de 15,1% e em Itália um tombo de 17,6%.

Em Portugal, a ACAP aponta para uma quebra nas vendas de 10% este ano, o que, segundo a DBK, “adiará a recuperação das margens” com essa queda adicional de 10%.
 

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