Dez jovens portugueses criaram a AGRAFr em França

Dez jovens portugueses residentes em Paris acabam de criar a Associação de Pós-graduados Portugueses em França

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Dez jovens portugueses residentes em Paris acabam de criar a Associação de Pós-graduados Portugueses em França (AGRAFr), que pretende ser uma rede “política mas apartidária” para reunir pessoas das ciências, das artes, da economia e da cultura.

Em declarações à Lusa, Inês Sequeira, investigadora do Instituto Pasteur desde 2006, e um dos membros fundadores desta associação, explicou que a rede que agora nasce — e que os fundadores querem que tenha vários núcleos por toda a França — é um projecto inspirado na Associação Luso-Americana de Pós-graduados (PAPS) e na Associação Portuguesa de Investigadores e Estudantes no Reino Unido (PARSUK, na sigla em inglês).

“Achámos que seria uma boa ideia criar isso também em França porque há [inúmeros] portugueses cá. Consideramos que é importante conhecermo-nos para podermos interagir. Se calhar passamos todos pelos mesmos problemas, podemos ajudar-nos uns aos outros. Acho que é uma mais-valia”, disse a cientista.

Qualquer português ou luso-descendente que seja pós-graduado e que esteja em França pode fazer parte da associação: “Esteja a estudar, a trabalhar, a fazer investigação. A ideia é juntar o maior número de membros possível”, afirmou Inês Sequeira, acrescentando que o que se pretende é permitir um intercâmbio entre as pessoas, mas também em relação às várias áreas em que elas trabalham ou estudam. A associação pretende ainda “fazer uma ponte entre os investigadores portugueses em França e as instituições em Portugal, sejam empresas, seja o Governo, sejam instituições de investigação ou universidades”, e ainda colaborar com as associações do mesmo género que existem noutros países, “para que haja um intercâmbio de conhecimento e de experiências entre os investigadores e os trabalhadores portugueses no estrangeiro”.

A campanha de lançamento da associação terá lugar “muito em breve”, com um cocktail com o apoio da Casa de Portugal - Residência André de Gouveia, na Cidade Internacional Universitária de Paris, no sul da capital francesa. Depois disso, o grupo vai começar a trabalhar na realização de actividades: “Convívios e eventos, por exemplo, na área da investigação. Congressos para que possamos apresentar a nossa visão sobre a ciência em Portugal, ou para partilhar com os colegas que estão nos outros países a experiência que temos cá, e partilhá-la com os que estão em Portugal”, explicou. Estes jovens querem ainda “continuar a manter o vínculo com Portugal”, fazendo também, “a nível governamental”, ouvir a sua voz.

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