Saíram da administração pública mais de 28 mil trabalhadores em 2012

Estado chegou ao final do ano passado com 583.669 trabalhadores, menos 4,6% do que em 2011.

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A redução foi mais expressiva na administração central Cláudia Andrade

O emprego nas administrações públicas teve uma redução de 4,6% no ano passado, com a saída de mais de 28 mil trabalhadores. Em todos os subsectores houve uma redução do emprego público.

O Estado perdeu mais de 28 mil trabalhadores de 2011 a 2012. O número de trabalhadores nas administrações central, regional e local recuou 4,6%, permitindo ao Governo ultrapassar a meta de redução prevista no memorando de entendimento e que apontava para um corte de 2%.

De acordo com o boletim estatístico publicado nesta sexta-feira pela Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público, no final do ano passado, as administrações públicas empregavam 583.669 trabalhadores.

A redução foi mais expressiva na administração central (-4,8%) e em termos absolutos foi mais visível no Ministério da Educação, que num ano perdeu 15.475 trabalhadores, seguindo-se a Saúde, onde o corte de pessoal ultrapassou os dois mil trabalhadores, e a área da Defesa, que reduziu 1284 trabalhadores. Estes sectores são tradicionalmente aqueles em que os contratos a termo têm maior expressão, pelo que parte da redução poderá ser explicada pela cessação destes vínculos.

Na análise por carreiras, conclui-se que a redução foi mais visível nos educadores de infância e docentes do básico e secundário e nas carreiras menos qualificadas (assistentes operacionais, operários e assistentes técnicos e administrativos).

Olhando para o restante universo do emprego no Estado, as regiões autónomas perderam 339 pessoas, no caso dos Açores, e 417 trabalhadores, no caso da Madeira.

As câmaras municipais e juntas de freguesia e estruturas relacionadas com o poder local perderam 5197 funcionários, ou seja, menos 4,3% em comparação com 2011. Desta forma, a administração local ultrapassa também a meta a que estava obrigada pela troika.
 
 

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