Atsu foi o mais inconformado no regresso do FC Porto aos triunfos

Os “dragões”, que já tinham vencido os anteriores nove jogos oficiais frente ao Beira-Mar, ganharam em Aveiro com o primeiro golo do ganês e com o 25.º de Jackson nas diferentes provas.

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Miguel Riopa/AFP

O FC Porto regressou às vitórias em Aveiro, onde derrotou o Beira-Mar, por 0-2, mas não às grandes exibições. Os serviços mínimos antes da recepção ao Málaga chegaram para um Beira-Mar que mostrou muito pouca ambição e que pouco fez para tentar abandonar a zona de despromoção. No jogo que abriu a 19.ª jornada da Liga, os golos do campeão foram marcados por um jogador que se estreou a marcar (Christian Atsu) e por outro que está muito habituado a facturar (Jackson Martínez). O jogo do gato e do rato entre FC Porto e Benfica continua: os “dragões” separam-se momentaneamente do seu rival e ficam à espera do que este fará contra a Académica.

Atsu ocupou a vaga no “onze” portista aberta pela lesão de Silvestre Varela e foi talvez a principal figura do encontro. Para isso não precisou de fazer o jogo da sua vida – nem o melhor dos que já fez esta época –, o que fiz bastante da qualidade do jogo num Estádio Municipal de Aveiro muito despido de espectadores. O ganês, muito utilizado na Taça das Nações Africanas, não perdeu o ritmo e inaugurou o marcador na primeira parte com um remate de fora da área (34’), à falta de melhores soluções que o FC Porto teve para chegar à baliza de Rui Rego.

Mas antes destacou-se Izmailov, a outra exbição mais positiva dos visitantes, que conseguiram pela primeira vez esta época atingir três triunfos seguidos fora de casa no campeonato. Logo no primeiro minuto, o russo colocou Moutinho em boa posição, e no resto do jogo tomou mais boas opções que más, ao contrário de uma boa parte dos seus colegas. E o jogo encerrou com uma novidade: o ex-sportinguista jogou o encontro todo.

Os bons sinais da equipa de Vítor Pereira nos primeiros minutos não se confirmaram depois. A falta de velocidade dos “azuis e brancos” e de acerto no passe, aspecto em que se destacaram Danilo e, surpreendentemente, Lucho, servia bem ao Beira-Mar, que nem por isso se esforçou para ter lucro mais à frente. Yazalde esteve sempre muito só e quando os aveirenses, eu apresentaram nove portugueses de início, tentaram finalmente subir no terreno, a partir da última meia hora, sofreram o segundo golo, num lance em que acusaram o FC Porto de não deitar a bola fora quando Nuno Lopes ficou lesionado no relvado perto da área de Helton.

O golo de Atsu surgiu ao décimo remate do FC Porto, mas nessa altura havia mais quantidade do que qualidade. A segunda metade não foi muito diferente. Mais FC Porto, o único que tentou vencer a partida, mas também muito pouco dinamismo de ambas as equipas. O 20.º golo de Jackson (73’) na Liga descansou o FC Porto, que vai ter de inventar um lateral-esquerdo para a recepção ao Rio Ave - Alex Sandro e Mangala (expulso no final), os dois jogadores que esta época desempenharam a posição em todos os jogos menos um (Quiñones, frente ao Santa Eulália), vão ficar de fora por castigo.

Completamente dispensáveis eram os cânticos, curtos mas audíveis, de índole racista que a claque portista entoou em relação a um jogador do Beira-Mar perto do final do jogo.

 
 
 
 
 

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