Facebook processado porque botão "gosto" já existia

Em 1998, um programador holandês que, entretanto, já faleceu, criou o "Surfbook", uma rede social em que era utilizado um botão de aprovação idêntico ao do Facebook. Agora, a viúva está a processar a rede de Zuckerberg pela usurpação da patente

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sofiabudapest/Flickr

Joannes Jozef Everardus van Der Meer. É um nome pouco ou nada familiar para a maioria das pessoas. No entanto, foi este holandês, programador informático de profissão, que celebrizou o botão de "gosto" que, actualmente, todos conhecem no Facebook. Na verdade, "celebrizar" não será o termo mais adequado, porque ninguém sabia que a origem do "like" era holandesa até ao momento em que a viúva do já falecido Van Der Meer decidiu avançar com um processo sobre o Facebook.

A história é simples: em 1998, cinco anos antes de o Facebook existir, o programador conseguiu que lhe fossem concedidas certas patentes para criar uma rede social, chamada "Surfbook". Tratava-se de uma espécie de diário online, em que era possível partilhar, com os amigos e família, determinadas informações, que podiam ser aprovadas (gostar) ou não.

O "Surfbook" viria a revelar-se um fracasso, mas a verdade é que, depois de Van Der Meer ter falecido, em 2004, e com o desenvolvimento constante do Facebook, a viúva do programador percebeu que pode vir a tornar-se um "jackpot". Desta forma, avançou com um processo, através da firma Fish and Richardson, sobre a empresa de Mark Zuckerberg, a reclamar a patente da tecnologia.

A actual detentora, a empresa Rembrandt Social Media, considera que, grande parte do sucesso do Facebook, foi conseguido através do uso indevido das patentes de Van Der Meer. A Fish and Richardson espera agora que o processo que se encontra a correr no tribunal federal da Virgínia, nos EUA, "chegue à mesma conclusão, baseando-se nas provas".

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