Costa faz acordo com Seguro sobre estratégia do PS

Principal rosto da contestação considera documento apresentado pelo líder como um bom sinal.

António José Seguro à chegada ao encontro de Coimbra
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Secretário-geral do PS só fala na Comissão Nacional Paulo Pimenta
António Seguro à chegada a Coimbra este domingo
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António Seguro à chegada a Coimbra este domingo Paulo Pimenta
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Em Abril de 2010, Passos Coelho apresentou no 33.º Congresso Nacional a moção "Portugal Primeiro" Miguel Manso

António Costa, o principal rosto da contestação à actual direcção socialista, considerou na manhã deste domingo que o documento estratégico apresentado por Seguro na Comissão Nacional, em Coimbra, é um bom sinal.

O autarca e ex-ministro falou na reunião socialista depois da intervenção inicial do secretário-geral dando assim o seu aval ao texto e afastando a sua possível candidatura à liderança do PS.

De acordo com relatos, a intervenção de Costa não deixou, no entanto, de revelar um tom de liderança. Versou sobre temas variados como as causas da crise, incluindo uma condenação clara da UE por ter desde sempre canalizado os fundos comunitários para obras em vez de apostar na qualificação ou reindustrialização. Ao nível nacional, abordou a importância do aumento do salário mínimo e da qualificação dos recursos humanos, lembrando a grande aposta dos governos socialistas nessa área.

O longo processo de negociação acabou por ter resultado. Ao que o PÚBLICO apurou, o processo decorreu até ao último minuto. Costa enviou uma segunda proposta a Seguro no sábado, ao final do dia, que o secretário-geral estudou para preparar o texto que entregou à Comissão Nacional.

O documento, designado “Portugal Primeiro”, está a ser distribuído pelos participantes da Comissão Nacional. Curiosamente é o mesmo nome que Pedro Passos Coelho deu à sua moção no Congresso do PSD realizado em 2010.

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