Godinho Lopes: “Esta é uma situação que só enxovalha o clube”

O presidente do Sporting coloca água na fervura e promete uma solução conjunta “para garantir uma paz duradoura”.

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O tribunal rejeitou os argumentos da direcção leonina para anular a Assembleia Geral Pedro Cunha (Arquivo)

Luís Godinho Lopes está disposto a fazer algumas cedências para evitar a realização de uma Assembleia Geral (AG) que terá como principal motivação a destituição do actual elenco directivo do Sporting. Este domingo, em entrevista à TVI, reconheceu alguns excessos e prometeu tentar alcançar “soluções conjuntas” com alguns dos seus principais alvos das últimas semanas.

“Procuraremos encontrar soluções para pacificar o clube e reconciliar os sócios. Eu próprio terei dito algumas palavras desagradáveis a alguns membros da mesa da AG e terei ouvido algumas palavras desagradáveis”, reconheceu o presidente do Sporting, referindo-se sobretudo a Eduardo Barroso, presidente da mesa da AG.

É com ele, porém, que promete chegar a um consenso que defenda os interesses do clube. “Serão encontradas soluções para garantir uma paz duradoura para o Sporting. Há o objectivo de reunir o conselho fiscal e o conselho directivo amanhã [segunda-feira]. É necessário enterrar o machado de guerra. Esta é uma situação que só enxovalha o próprio clube”, lamenta.

Sem querer pronunciar-se sobre a realização ou não da polémica AG — “resultará do plenário dos órgãos sociais” —, repisou apenas a ideia de que, no seu entender, “não estão reunidas as condições para que a assembleia se realize de forma tranquila e pacífica”. “Estou aberto a encontrar a solução mais adequada aos interesses do Sporting”, completou.

De resto, recusou assumir esta temporada desportiva como a pior de sempre (“O Sporting pode lutar por um lugar na Europa, ainda faltam disputar 39 pontos”), lembrou que a situação de falência técnica que o clube atravessa já vem de trás e reiterou o pedido de serenidade, dirigido especialmente a alguns dos notáveis: “O Sporting precisa de parar de se autocriticar e de se fragilizar internamente”. 

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