Professores revoltados com a polícia na A1

Professores protestam em Lisboa contra cortes na educação. Manifestação atrasada por causa de acidente na auto-estrada.

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Professores manifestam-se em Lisboa Rui Gaudêncio

Mário Nogueira, líder da Fenprof, vai pedir uma reunião com o Ministério da Administração Interna (MAI), para protestar contra o comportamento da polícia na auto-estrada A1, onde cem autocarros de professores ficaram retidos devido a um acidente com um camião que transportava porcos.

O líder da Fenprof queixa-se do “comportamento incorrecto” da polícia, que alegadamente deixou passar os veículos ligeiros, mas mandou encostar os autocarros dos professores.

O acidente ocorreu junto a Vialonga ao final da manhã deste sábado, interrompendo a circulação. Cem autocarros de professores ficaram retidos, disse ao PÚBLICO um elemento da Fenprof.

“Depois de autorizarem os ligeiros a circular, estivemos mais de meia hora parados, até que alguns professores começaram a sair dos autocarros em protesto. Chegámos mesmo a achar que havia a intenção de evitar que participássemos do protesto", queixou-se à Lusa Ana Paula Pires, do Sindicato de Professores da Região Centro.

O desfile dos professores, entre o Marquês de Pombal e o Rossio, em Lisboa, deveria ter começado às 15h15, mas foi atrasado, para esperar pelos docentes que ficaram retidos na auto-estrada.

Quem já está no Marquês de Pombal é Arménio Carlos, líder da CGTP. “Este protesto tem o sentido de ser um aviso claro, tanto dos professores, como de todos os cidadãos, de que não aceitam a destruição da escola pública”, avisou o líder sindical, acusando o relatório do Fundo Monetário Internacional de ser um ataque à escola pública.

“Na rua, com protestos, ou noutras áreas, vamos intervir de todas as formas para assegurar o respeito pelas normas constitucionais”, acrescentou Arménio Carlos, em declarações ao PÚBLICO.

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