Anarchicks: está aí “Really?!”, o álbum de estreia

"Really?!", álbum de estreia do grupo Anarchicks, será apresentado, esta sexta-feira, no Musicbox, em Lisboa, e no sábado, no Plano B, no Porto

Quatro mulheres portuguesas decidiram juntar-se para formar o grupo punk Anarchicks, compondo música que “não dá satisfações a ninguém”, e que foi registada no álbum de estreia, “Really?!”, lançado nesta segunda-feira.

Priscila Devesa, ex-elemento das PressPlay, explica à agência Lusa que as Anarchicks surgiram em 2011, pela vontade de fazer música numa banda só de mulheres: “Ouvíamos música, queríamos fazer música e não tínhamos limitação de géneros. Não há muitas regras”. A Priscila (que assina Pris), juntou-se Helena (sintetizadores), Catarina (bateria) e Ana (guitarra). No ano passado, surgiram as primeiras músicas, reunidas no EP “Look What You Made Me Do”, e os concertos, sobretudo em Lisboa. Depois disso decidiram avançar para o primeiro álbum, com produção própria e gravado com a ajuda de Makoto Yagyu e de Fábio Jevelim, ambos dos Riding Pânico.

Antes de qualquer outro rótulo, são as próprias a dizer que, na música que fazem, dentro do universo punk, cabe o rock, o funk e, se for preciso, o kuduro e o disco. “Todas temos abordagens distintas aos instrumentos, e resulta numa sonoridade diferente. Uma música pode começar numa linha de baixo, num ensaio e, depois, seguimos por aí”, exemplificou a vocalista.

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Really?! sai dia 21 de Janeiro

À parte a música, não se livram das perguntas sobre a condição feminina, porque não há muitas bandas portuguesas, na área do punk rock, formadas exclusivamente por mulheres. “Não temos nada a provar. Sim, somos mulheres, mas o que interessa é que gostamos de fazer música, e isso é que é uma consequência de tudo o que estamos a fazer”, rematou.

“Really?!”, que sai com o selo da editora independente Chifre, será apresentado esta sexta-feira, dia 25, no Musicbox, em Lisboa, e no sábado, dia 26, no Plano B, no Porto, estando também prevista uma série de actuações pelas lojas FNAC. Em Fevereiro deverão actuar em Berlim, disse Pris. Além da música, que gostariam de fazer a tempo inteiro, as quatro elementos das Anarchicks - cuja idade varia entre os 20 e os 34 anos - repartem actividade profissional, que vai do design gráfico à medicina veterinária.

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