FMI volta a propor redução da taxa social única paga pelos patrões

Fundo insiste na redução dos impostos sobre o trabalho, mas agora apenas para os baixos salários.

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Nem a CIP, liderada por António Saraiva, aceitava mudanças da USU propostas pelo Governo. Daniel Rocha

Depois de ter sugerido, sem sucesso, uma redução generalizada da taxa social única (TSU), o Fundo Monetário Internacional (FMI) volta a insistir num corte das contribuições suportadas pelos patrões. Mas desta vez a proposta vai apenas para os baixos salários.

A ideia é aliviar os impostos sobre o trabalho pagos pelas empresas, de forma a encorajar o emprego, justifica o fundo num estudo que acompanha a sexta avaliação do memorando de entendimento, onde se refere que a carga fiscal sobre o trabalho em Portugal é baixa relativamente aos parceiros europeus, mas mais elevada do que nos países da OCDE.

Assim, o FMI gostaria que o Governo reduzisse a carga fiscal sobre o trabalho, nomeadamente as contribuições suportadas pelas empresas com trabalhadores a receber baixos salários.

No estudo, os técnicos do FMI lembram que “a procura de emprego tende a ser relativamente elástica entre os salários mais baixos”.

O Governo chegou a pôr em cima da mesa a redução generalizada da TSU paga pelos patrões e o aumento da taxa a cargo dos trabalhadores, mas acabou por recuar. Tanto sindicatos como patrões recusaram tal medida.
 

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