Sombras de alguém, as “relíquias” fotográficas dos nossos avós

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Tudo começou com aquela Lubitel que veio da Ucrânia. A primeira máquina fotográfica "antiga" que Filipe Bonito comprou, a primeira a presenteá-lo com um bónus — "um rolo perdido" com "inscrições em cirílico". Aproveitaram-se três fotogramas, mas o desafio já estava lançado. Desde aí que este arquitecto, filho de fotógrafos profissionais, apaixonado pelo universo analógico, tem vindo a adquirir cada vez mais câmaras. "Por sorte" muitas vêm com rolos usados no interior. Outras vezes procura negativos na Feira da Ladra ou em feiras de antiguidade. Uma vez reveladas, estas imagens vão parar ao "tumblr" Sombras de Alguém, uma galeria de "relíquias", de "histórias que se perderam". "São memórias, são sombras de alguém", escreve Filipe num e-mail enviado ao P3. "É interessante ver [nas imagens] referências a lugares e tentar descobrir a data de quando foram tiradas. Muitas já têm mais de 50/60 anos." Para já ainda ninguém reclamou recordações, mas o apelo está lançado: "Terei todo o gosto de devolver estas fotografias aos respectivos donos." A.R.