Sem bússola, no divino mercado

“As coisas têm ou um preço ou uma dignidade. Ou melhor, se há coisas que não têm preço, é porque têm uma dignidade”, diz Manuel Maria Carrilho, lembrando a lição de Kant.

Foto
Bárbara Guimarães não vai a julgamento por violência doméstica contra ex-marido Manuel Maria Carrilho Enric Vives-Rubio

A sociedade que vai atravessar 2013, segundo Manuel Maria Carrilho, endeusou o mercado e criou o “endividualismo”. Este “cresceu com o paradigma do ilimitado (da energia, do consumo, dos direitos, da dívida) e triunfou com a convergência das metamorfoses do indivíduo e do hiperconsumo”, afirma o filósofo e antigo ministro da Cultura.

É o oitavo autor de um grupo de 13 pensadores, a quem o PÚBLICO desafiou a antever o ano que agora começa, defende que é são os mais jovens que mais “espelham as mudanças que estão a acontecer e se desejam”.

A pergunta feita a 13 pensadores: Que será a sociedade portuguesa e europeia em 2013?

Os valores: bem, bondade, lealdade, altruísmo, honestidade, solidariedade, liberdade, verdade, justiça, felicidade, sagrado (Deus), sabedoria, coragem e dignidade.

Os pensadores: Adriano Moreira, Alfredo Bruto da Costa, Ana Luisa Amaral, António Pinho Vargas, Eduardo Lourenço, Gonçalo M. Tavares, Helena Marujo, Isabel Allegro de Magalhães, João Magueijo, Manuel Maria Carrilho, Miguel Real, Teresa Pizarro Beleza e Yvette Centeno. Os textos são publicados em 13 dias seguidos.

Teresa Pizarro Beleza,  professora de direito penal e directora da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, escreve amanhã. 

Leia mais no PÚBLICO desta quarta-feira e na edição online exclusiva para assinantes. (Esta série tem o apoio de Millenium bcp)

Sugerir correcção
Comentar