Economia francesa cresce menos do que o esperado e põe em risco metas de Hollande

PIB francês cresceu 0,1% no terceiro trimestre. Economia teria que crescer 0,7% até ao final do ano para que Hollande atingisse os objectivos para 2012.

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Objectivos do Governo francês para crescimento de 0,3% do PIB em 2012 estão em risco Benoit Tessier/Reuters

O crescimento da economia francesa foi revisto em baixa para 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pelo gabinete de estatística francês (Insee).

O valor contradiz a estimativa lançada em Novembro pelo próprio órgão de estatísticas, que então apontara para um crescimento de 0,2% do PIB no mesmo período. Segundo o Insee, os resultados foram revistos depois da entrada de novos dados, principalmente uma quebra inesperada na actividade do sector dos transportes.

É provável que o Governo francês falhe a meta do crescimento económico em 2012, que está marcada para os 0,3% do PIB. Considerando os novos dados, a economia francesa teria que crescer uns improváveis 0,7% do PIB no quarto e último trimestre do ano para atingir o objectivo do executivo de François Hollande, escreve a AFP.

Segundo as estimativas avançadas nesta sexta-feira pelo Insee, caso o quarto trimestre de 2012 apresente uma variação nula em termos de crescimento do PIB, a economia francesa encerraria 2012 com um ténue crescimento de 0,1%. Este cálculo sofreu também uma revisão em baixa em relação aos valores de Novembro, que indicavam então que a economia francesa poderia crescer 0,2% no total do ano.

Ainda segundo o Insee, o poder de compra dos consumidores franceses baixou 0,2% no terceiro trimestre, o que representa a primeira quebra neste valor de 2012. Segundo a AFP, nos primeiros seis meses do ano, o poder de compra subiu 0,2% no registo trimestral.

A quebra no poder de compra deve-se sobretudo ao rápido crescimento dos impostos sobre o rendimento dos contribuintes franceses, segundo o Insee. O órgão de estatística registou um aumento de 3,8% na carga fiscal durante o terceiro trimestre, um valor que representa uma subida significativa face ao crescimento de 0,9% do peso dos impostos no segundo trimestre do ano. 

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