Videojogos, os destaque de 2012

Chegamos praticamente ao final do ano. Altura mais que propicia para tentarmos fazer o seu resumo, reflectindo em tudo o que a indústria dos videojogos nos trouxe

Um estudo independente realizado o mês passado nos EUA, relevou, que numa demografia entre os 5-50 anos, 52% dos inquiridos responderam que desejam ter debaixo da sua árvore… videojogos!

Mas, o que oferecer? A resposta pode ser tão clara como complexa. Se possível antes de ir as lojas, não se esqueça igualmente de certificar que a pessoa em questão tem a plataforma apropriada. Um jogo para a XBOX 360 é só para aquele sistema, não funciona em outras consolas. Acima de tudo, não compre nada sem consultar sempre a informação patente em cada produto. A reguladora PEGI (Pan European Game Information), em cada título, tem um indicador sobre a idade recomendada e alguns pictogramas que descrevem o tipo de conteúdo dentro do jogo (uso de violência, linguagem obscena, medo, sexo, descriminação, drogas e acesso a internet).

Pode igualmente ficar confuso com a quantidade de géneros disponíveis. Mas, tenha em consideração o tipo de pessoa a quem se destina. Gosta de desporto? Fala muito de carros? Vê muitos filmes de aventura? Os seus livros favoritos são de terror? Estas observações são muito importante, que podem ajudar a determinar a compra adequada.

Tendo já estas respostas ou questões resolvidas, falta simplesmente escolher o que oferecer.

Hardware em grande destaque

Este ano, tivemos dois lançamentos importantes de hardware. Nas portáteis a Sony lançou a PS Vita, e nas domésticas, a Nintendo disponibilizou a sua Wii-U ainda a tempo desta quadra natalícia.

No caso da PS Vita, a consola apesar de possuir uma das arquitecturas mais impressionantes, demora a mostrar o seu verdadeiro poderio. Sim, existem bons jogos (Uncharted: The Golden Abyss), assim como experiencias interessantes de interacção (Table Top Tanks), mas, falta algo mais... Ainda não chegaram os títulos definitivos que possam movimentar os números de vendas para direcções avassaladoras.

A própria Sega já veio a público afirmar que "se a consola não vender mais unidades, dificilmente vamos querer publicar jogos nesta plataforma". Talvez este até seja o desafio da Sony durante o próximo ano. Mostrar ao ocidente que existem boas razões para comprar o seu hardware. Por enquanto acumulam-se as promoções, os SDK de baixo custo e campanhas de marketing agressivas. Só o futuro dirá o que esta nova consola nos reserva. Uma coisa é certa, o hardware é bastante sólido, falta somente termos acesso ao resto.

No caso da Nintendo, a nova Wii-U ainda não está há bastante tempo no mercado para vermos se a sua aquisição vale a pena ou não.

Tal como em todos os lançamentos de hardware, os primeiros 45 dias de venda, são destinados aos aficionados da marca. Somente daqui a uns meses vamos conseguir ver se o público geral está entusiasmado com a consola ou se os jogos disponíveis serão verdadeiros "system sellers", que farão a indústria tirar partido das características únicas do sistema. A própria Wii-U esta a ser vendida como uma plataforma que pode ser propícia as experiências familiares, e outras mais individuais. Mas, será mesmo? Talvez, o que une estas duas consolas é a falta de apoios visíveis no futuro. As duas possuem excelente hardware e possibilidades fascinantes, mas, ainda nada assegura que vão ter um grande suporte por parte da indústria. Mas, em ambos os casos há optimismo no ar. Por enquanto, a sua compra, será quase equivalente a um acto de fé.

Finalmente, em 2012, tivemos um anúncio interessante. O projecto da primeira consola Android (chamada Ouya) foi apresentado, e a campanha de Kickstarter, inicialmente prevista em 950 mil dólares, ultrapassou essas expectativas e no final, foram amealhados cerca de 8 milhões de dólares para o desenvolvimento do projecto. Prova mais que suficiente em que o público está inicialmente eufórico com as possibilidades da Ouya.

Os melhores de 2012

Estar a escolher os melhores jogos do ano, é sempre uma tarefa herculeana e claro, extremamente polémica. Estamos a falar de algo subjectivo e espalhado entre diferentes géneros, estilos e demografias. Por isso, dificilmente haverá alguma consolidação total. Afinal, como comparar, dois jogos AAA*, como Mass Effect 3 e Draw Something?

Pessoalmente, gostaria de mencionar alguns títulos que merecem a distinção "o que de melhor 2012 nos trouxe". Pois neste ano tivemos bons lançamentos em praticamente todos os géneros, e talvez mais importante, a consolidação do mercado indie como alternativa viável.

Começando na indústria indie, o point’nd click RPG, The Walking Dead: The Game, é uma das propostas mais interessantes, mas, não está sozinho. Para os aficionados dos puzzles platform, Fez é uma excelente proposta. Do lado português, dentro do mesmo género temos, A Walk in the Dark, e o tower defender, Magic Defenders.

Nas consolas e no PC existem vários jogos a considerar. Os action-role playing, Mass Effect 3 e Torchlight II, o FPS Halo 4, o MMORPG Guild Wars 2, os action-adventure, Assassin's Creed III, Gravity Rush e Xenoblade Chronicles, o FPS action adventure, Borderlands 2, o platformer, New Super Mario bros. 2, o racing, Forza: Horizon, são alguns dos títulos que certamente demonstram o que de melhor este ano teve.

No lado das experiências distintas tivemos igualmente algumas excelentes propostas. Casos do adventurer, Journey, um dos jogos mais aclamados deste ano, Sound Shapes, um music plataformer, ou, Draw Something, um título evidentemente vocacionado aos mais criativos.

Acima de tudo estas menções são simplesmente um breve apanhado. Muitos jogos ficaram de fora desta pequena lista e esperam pela vossa descoberta.

*AAA = jogos que tiveram a nota máxima nas seguintes três categorias: Inovative gameplay, critical success, e, financial success. Ao contrário da crença popular, não tem nada a ver com orçamentos ou plataformas de destino.

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