Incerteza nos moldes da privatização da RTP adia decisão do Governo

Falta de acordo dentro da coligação quanto aos moldes de venda da estação pública terá ditado o afastamento do tema da reunião do Conselho de Ministros.

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Só os angolanos da Newshold demonstraram até agora interesse em entrar no processo de privatização Foto: Pedro Cunha

A privatização da RTP ficou fora da reunião desta quinta-feira do Conselho de Ministros, segundo confirmaram fontes oficiais do Governo à Renascença e ao Jornal de Negócios. Atrás da decisão do Governo, afirma a rádio, estará a falta de acordo dentro da coligação sobre os moldes da privatização da televisão pública.

Também à Renascença, Camilo Azevedo, da comissão de trabalhadores da RTP, diz que a administração da estação pública cancelou esta manhã uma reunião com os trabalhadores e afirma que é “um grande disparate” existir “uma privatização sem se saber como nem para quê”. “A continuar assim, não vai existir privatização da RTP”, afirmou ainda Camilo de Azevedo à rádio.

Até ao momento, vieram a público dois modelos diferentes para a venda da estação pública: a concessão e a privatização parcial.

A notícia já havia sido avançada na semana passada pelo Diário Económico, que escrevia então que a decisão seria adiada para o Conselho de Ministros de 3 de Janeiro.

Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas, este último à frente da pasta da comunicação social, vieram já a público afirmar que a discussão sobre o modelo de privatização da RTP estaria concluída até ao fim do ano. O Governo comprometeu-se com a troika que o caderno de encargos estaria concluído dentro do primeiro trimestre de 2013.

A angolana Newshold, proprietária do semanário Sol, foi até agora a única empresa a anunciar publicamente a intenção de participar no processo de privatização da RTP. 
 

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