Passos:"O Governo lamenta desfecho da TAP"

O primeiro-ministro garantiu ainda que a privatização da TAP voltará a ser colocada em cima da mesa.

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Passos admitiu as dificuldades em arranjar um outro candidato para a compra da TAP Rui Gaudêncio

O primeiro-ministro disse esta sexta-feira que "o Governo lamenta o desfecho do processo de privatização da TAP", reconhecendo que gostaria de ter concluído a venda porque a empresa "precisa de investimento que o Estado não pode fazer".

Passos Coelho respondia assim ao líder da bancada do CDS, Nuno Magalhães, que lembrou as salvaguardas colocadas no processo de privatização da TAP e perguntou se a decisão de não vender ao grupo Synergie iria contaminar a venda da ANA. A resposta do primeiro-ministro foi segura: "O grau de contaminação da TAP para a ANA não existe".

Passos Coelho respondeu ainda ao empresário German Efromovich, o candidato da Synergie, que viu a sua proposta recusada em Conselho de Ministros, por falta de garantias bancárias. Efromovich alegou não saber que era necessário já ter apresentado as garantias bancárias. "Não vale a pena o concorrente dizer que apresenta [as garantias] lá mais para a frente ou mais para trás, porque era claro" o momento em que tinha de o fazer, afirmou Passos Coelho. O primeiro-ministro rebateu ainda uma notícia do Diário de Notícias que indicava que o Governo ainda tentou que o empresário cumprisse o exigido durante o Conselho de Ministros. "O delírio!", comentou. 

O chefe do executivo garantiu ainda que a privatização da TAP voltará a ser colocada em cima da mesa "assim que for oportuno". Mas reconheceu as dificuldades em arranjar um outro candidato. É que, explicou, a legislação europeia não permite que um concorrente, que não seja europeu, tenha mais de 49% da TAP. 

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