Os Best Youth e We Trust, nomes recentes da pop portuguesa, juntaram-se para o projecto There Must Be a Place, que consiste numa série de concertos com repertório de ambos, mantendo a identidade individual, disseram à agência Lusa.

“Já nos conhecemos todos há uns tempos, e percebemos que podíamos fazer uma tournée conjunta e ir a cidades a que nunca tínhamos ido”, explicou André Tentúgal, mentor dos We Trust. O objectivo foi entender os pontos de contacto entre as duas bandas - que se deram a conhecer sobretudo este ano - e avançar para uma digressão em que tocassem repertório de ambas, com a marca identitária de cada uma.

“Daí que tenhamos encontrado o nome There Must Be a Place, um lugar próprio musical e geográfico para nós todos, mas que não anula a nossa individualidade”, reforçou Catarina Salinas, dos Best Youth.

Depois de terem actuado em nome próprio, no festival de verão Optimus Alive, os dois grupos decidiram unir-se para uma pequena digressão, no Inverno e Primavera, contando já com dez datas entre Janeiro e Março, que incluem Fundão, Guarda, Portalegre, Lisboa, Porto e Figueira da Foz.

As canções escolhidas foram retrabalhadas - para um registo “mais acústico, simples e intimista” - e gravadas num disco, intitulado “There Must Be a Place”, editado esta semana.

Os Best Youth, do qual fazem parte Catarina Salinas e Ed Rocha Gonçalves, editaram o registo “Winterlies”, que inclui o tema “Hang out”, que a revista francesa Les Inrockuptibles destacou para este ano.

Os We Trust editaram, no final do ano passado, o álbum de estreia, “There new countries”, mas foi a canção “Time (Better Not Stop)”, que os tornou conhecidos.

André Tentugal considera que “o registo sonoro entre os dois grupos não é muito distante, mas a temática das letras é que é bastante diferente”. Enquanto avançam para esta digressão, tanto os Best Youth como os We Trust preparam disco novo, e tanto André Tentugal como Catarina Salinas garantem que vão seguir caminhos diferentes.