Parceiros europeus da Casa da Música apelam ao Governo para rever cortes

Os presidentes das duas principais redes internacionais que a Casa da Música integra – a rede Varèse e a ECHO – divulgaram mensagens de apelo ao Governo português para que reveja a decisão de reduzir o financiamento da instituição.

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Na Casa da Música vai saber-se nesta quarta-feira como a Matemática funciona como elo de ligação entre a ciência e a arte Paulo Pimenta

Antoine Gindt, que preside à Varèse – uma rede apoiada pela Comissão Europeia e que se destina a promover e divulgar novas criações musicais –, pede “empenhadamente” ao Governo de Passos Coelho que considere “o impacto negativo” dos cortes e suspenda a sua decisão, “preservando uma iniciativa indispensável ao desenvolvimento cultural português”.

Gindt manifesta ainda “a mais viva inquietação” pelas consequências que esta redução de financiamento teria, “a muito curto prazo, na actividade da Casa da Música e na sua inscrição nas redes europeias e internacionais”. E mostra-se “particularmente preocupado” com “o facto de estas reduções privarem a direcção da Casa da Música da capacidade de se comprometer para as temporadas de 2014 e 2015 no momento em que todas as programações estão a ser estabelecidas na Europa”.

Também Christoph Lieben-Seutter, presidente da ECHO (European Concert Hall Organization), a mais prestigiada rede europeia de salas de concerto, pede, “com toda a veemência”, que o Governo português “reconsidere este último corte”, para que a Casa da Música “possa continuar o trabalho vital” que tem produzido.

Lieben-Seutter recorda que entre as razões que levaram a Casa da Música a ser convidada a integrar a ECHO, em 2001, a principal foi o “enorme impacto” da instituição do Porto na cena musical europeia e mundial ao longo dos últimos anos, “quer pelo seu programa artístico, quer pela sua capacidade de colaborar com sucesso com parceiros prestigiados em todo o mundo”.

O presidente da ECHO acrescenta que “uma tal reputação não se adquire rapidamente nem facilmente” e elogia o papel de António Jorge Pacheco na direcção artística, mas também a “credibilidade” conquistada pela Casa da Música enquanto parceiro fiável no cumprimento de compromissos comuns.

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