Zorrinho elogia expansão do microcrédito nas plataformas electrónicas
Líder parlamentar do PS abriu esta terça-feira uma conferência sobre a regulamentação do crowdfounding.
O líder parlamentar do PS defendeu esta terça-feira que as sociedades estão confrontadas com uma nova dialéctica entre mercados e pessoas em rede, num discurso em que elogiou os méritos da expansão do microcrédito através de plataformas electrónicas.
Por iniciativa dos deputados socialistas Duarte Cordeiro, Pedro Delgado Alves e Pedro Duarte, pretende-se do ponto de vista político que o governo português regulamente esta nova forma de acesso ao financiamento, tornando possível a prazo que uma microempresa possa dispersar o seu capital social em plataformas electrónicas, ou que obtenha por via dessas plataformas empréstimos para financiar um determinado projecto.
Na sua intervenção, o presidente do Grupo Parlamentar do PS fez uma breve análise da actual situação mundial e defendeu que se vive “uma nova dialéctica entre os mercados e as pessoas em rede”.
“Portugal é hoje vítima de um problema de circulação financeira. Colocando-se na periferia europeia, está longe do coração e o seu tecido empresarial confronta-se muitas vezes com a dificuldade da irrigação financeira”, observou o líder parlamentar socialista.
Neste contexto, Carlos Zorrinho salientou a importância já desempenhada pelo crowdfounding em termos de postos de trabalho já criados, mas evidenciou sobretudo as oportunidades económicas abertas por este mecanismo em termos de inovação.
“O microcrédito aplicado a micro-ideias pode ganhar uma enorme dimensão se estiver em rede, alavancando uma determinado projecto. Não podemos cruzar os braços. Temos de ser imaginativos e romper barreiras”, sustentou o líder parlamentar do PS.
No seu breve discurso, Carlos Zorrinho manifestou o seu apoio à intenção dos deputados socialistas Duarte Cordeiro, Pedro Delgado Alves e Pedro Duarte de apresentarem um projecto de lei enquadradora do crowdfounding - mecanismo que, depois de regulamentado, poderá será regulado pelo Banco de Portugal ou pela Comissão de Mercados de Valores Mobiliários