A Síria voltou a estar online
Governo fala em ataque terrorista ou falha técnica; oposição acusa autoridades de boicotarem comunicações.
Residentes na capital, Damasco, e em Homs, a terceira maior cidade do país, confirmaram ao jornal The Guardian que já conseguem usar a Internet. E o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma ONG da oposição a Bashar al-Assad, adiantou que na maior parte das províncias á voltou a ser possível o acesso.
As explicações do Governo de Bashar al-Assad para a falha de comunicações, que afectou o país principalmente na quinta e na sexta-feira, variam entre um ataque terrorista e uma falha técnica, mas a oposição já acusou várias vezes as autoridades de terem cortado o acesso à Internet e aos telefones noutras ocasiões, alegadamente para dificultar as comunicações entre os rebeldes anti-regime.
As linhas telefónicas também estavam a funcionar “apenas esporadicamente”, segundo a Reuters, e os telemóveis ficaram sem rede em “áreas seleccionadas”.
Para o Exército Livre, que agrega os principais grupos armados da oposição, este corte prolongado das telecomunicações pode ser um sinal de que as forças do regime se preparam para lançar uma grande ofensiva na região de Damasco.
Com os media estatais controlados pelo regime, os vídeos publicados no YouTube por activistas têm sido ao longo dos últimos 20 meses uma das principais fontes de informação sobre o que acontece no terreno.