Black Keys

Black Keys: rock’n’roll que fica para a história

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Último momento. A bola de espelhos que surgira em palco no encore desaparece e tudo se concentra naqueles dois em palco, Dan Auerbach e o baterista Patrick Carney, os Black Keys de Akron, Ohio, que há dez anos só queriam fugir de um salário mínimo a lavar pratos para passarem a ganhar o salário mínimo a tocar o bom rock em terriolas inóspitas. Hoje são estrelas mundiais, enchem espaços como este Pavilhão Atlântico que os recebe a cerca de dois terços lotação – plateia quase esgotada, bancadas nem por isso -, mas naquele momento em que se despedem com I got mine, uma hora e meia e vinte canções depois do início afónico acima referido, são apenas isso: dois tipos a alimentarem-se da força vital do blues, da energia transbordante do rock’n’roll e a berrarem e a responderem instintivamente ao que o ritmo pede e ao que a distorção da guitarra liberta. Desce um billboard iluminado enquanto zumbem feebacks e ribomba o bombo e a tarola: “Black Keys”. “Obrigado! Havemos de voltar”, despede-se Dan Auerbach. (ML) Lê o texto completo no PÚBLICO e a crónica de Luís Azevedo