OODA: a Arquitectura no Porto, São Paulo e Benguela

Atelier do Porto assina projecto de uma torre de 140 metros de altura em São Paulo e prepara projecto para a construção de uma nova cidade em Benguela

A reabilitação deste edifício na Rua D. Manuel no Porto incluirá 17 unidades habitacionais DR
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A reabilitação deste edifício na Rua D. Manuel no Porto incluirá 17 unidades habitacionais DR
Adelaide Carneiro
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Adelaide Carneiro

O atelier de arquitectura OODA escolheu dois países de língua portuguesa como opção para se internacionalizar. Embora tenha apenas 20% da actividade no exterior, os dois principais projectos do atelier do Porto situam-se em São Paulo e Benguela. 

O primeiro chama-se "Piratininga" e é um edifício, ainda em construção, de 140 metros de altura, 40 andares e 70 mil metros quadrados.

E quanto ao segundo, o projecto em Angola, "Benguela 88", a OODA não adianta muito, mas Diogo Brito levanta um pouco a ponta do véu, para esclarecer que o cliente pretende fazer uma espécie de "segunda grande metrópole de Angola".

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Pensamento global e procatividade são duas características que definem estes jovens arquitectosAdelaide Carneiro

O objectivo, acrescenta, é criar "uma grande cidade que reúna todos os patamares urbanísticos dos países desenvolvidos", de forma a unir Benguela, Lobito e Baía Farta.

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Projecto Piratininga de São Paulo DR

No actual contexto económico, diz Diogo, "não se pode ficar à espera que o trabalho chegue, é preciso ir atrás dele", explicando, assim, a filosofia do atelier, acrescentando que as novas gerações têm de "pensar global”.

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Banguela 88 é o mais recente projecto do atelier em Angola Adelaide Carneiro

Aposta na reabilitação urbana

OODA (Oficina de Arquitectura e Design) surgiu, em Maio de 2010, com a intenção de fundir numa simbiose “uma filosofia de desenho sofisticado com as novas tecnologias”, para praticar "uma arquitectura contemporânea diferente".

Os responsáveis pela criação deste atelier são Diogo Brito, Rodrigo Vilas-Boas e Francisco Lancastre, três arquitectos e amigos de faculdade que, após terem tido diversas experiências profissionais no estrangeiro e em Portugal, decidiram aproveitar o seu “romantismo empreendedor” para formar uma empresa própria. 

O portefólio de trabalhos do atelier incide, sobretudo, na recuperação urbana, uma área que, na opinião de Diogo Brito, “é uma lacuna no mercado”, que tem de ser mais explorada, sobretudo nas cidades. Nesse sentido, o atelier tem feito o levantamento de vários imóveis em zonas interessantes dentro e fora do país (e encontra-se, neste momento, à procura de canditatos a estágios).

No Porto, o atelier realizou um projecto para a reconstrução do interior de um edifício na Rua D. Manuel II, que inclui 17 unidades habitacionais, cuja finalização está prevista para Junho de 2013.

Um edifício dos Loios também vai ser reabilitado, sendo que cada unidade habitacional vai funcionar como uma espécie de "estúdio", onde vai ser inserido um “módulo multifuncional”, que contém cozinha, casa de banho e arrumações. 

"Os profissionais têm que começar a reconhecer, na primeira pessoa, o valor do seu trabalho”, até porque, conclui o arquitecto, “o que se faz a partir do Porto, por exemplo, é tão bom quanto aquilo que se faz a partir de Londres ou de Nova Iorque”.

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