Lisboa vai ser “uma das grandes cidades universitárias da Europa"

As várias faculdades estão distribuídas por vários pontos de Lisboa. A instalação na cidade de residências universitárias é um assunto em discussão

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A fusão das universidades Clássica e Técnica vai fazer de Lisboa “uma das grandes cidades universitárias da Europa”, disse esta segunda-feira o reitor da Universidade de Lisboa (“Clássica”), António Sampaio da Nóvoa.

“Nos últimos meses, temos obstinadamente criado condições para reunir o que a história nunca devia ter separado - a Técnica e a Clássica”, disse Sampaio da Nóvoa na abertura da conferência Portugal em Mudança, que assinala o 50.º aniversário do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa.

Para o reitor, a fusão é “a mais importante mudança na universidade portuguesa das últimas décadas”, uma mudança feita “em nome da liberdade”. Essa liberdade permitirá “ligar a investigação à formação das novas gerações”, disse.

O reitor deixou críticas aos académicos que “falam em surdina nos corredores do poder” contra a perspetiva da fusão, e garantiu que a união das universidades não será abandonada por “complacência”.

Integração na cidade

A entidade resultante da junção das universidades de Lisboa e da Técnica de Lisboa e a autarquia estão a procurar uma forma de o estabelecimento de ensino superior se integrar mais na cidade. O reitor da Universidade de Lisboa disse à agência Lusa que “é muito importante a ligação” destas instituições com a cidade e o modo como se vão articular dentro da localidade.

“É uma presença fortíssima na cidade, envolvendo cerca de 50 mil estudantes, por isso estamos a trabalhar com o presidente da Câmara Municipal para encontrar maneiras de ser útil para a cidade”, avançou.

As várias faculdades das duas universidades estão distribuídas por vários pontos de Lisboa, e António Sampaio da Nóvoa referiu a possibilidade de instalar residências universitárias e outros projectos, nomeadamente habitacionais, dentro da cidade.

Actualmente, a lei que vai juntar as duas universidades está a aguardar promulgação do Presidente da República, e os estatutos deverão estar prontos dentro de três meses, depois do trabalho das assembleias estatutárias que já se iniciaram.

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