As novas plantações de kiwi, que surgiram do aparecimento de novos projectos agrícolas, deverão compensar a quebra de produção estimada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em três mil toneladas, segundo um responsável do sector.

O presidente da Associação Portuguesa de Kiwicultores (APK), Alberto Rebelo, disse esta quinta-feira à agência Lusa que “muito provavelmente” a produção de kiwi no país “vai ser a mesma” que no ano passado, na ordem das 22 mil toneladas.

“Há pomares novos, que foram plantados há dois, três ou quatro anos que estão a começar a dar”, realçou.

O responsável indicou que, se não fossem as novas plantações, as perdas de produção poderiam atingir as quatro mil toneladas, mais mil que a estimativa do INE, devido “às geadas” que afectaram a zona norte nos meses de Março e Abril.

De acordo com os dados do INE, a produção nacional de kiwi tem vindo a cair desde 2009, ano em que a produção atingiu o valor recorde dos últimos cinco anos, com 27 mil toneladas.

Alberto Rebelo adiantou que “estão a aparecer muitos interessados em investir e trabalhar na produção do kiwi” e previu que os pomares que já estão plantados “irão duplicar a produção nacional de kiwi dentro de dois ou três anos”.

“As plantas começam a dar ao terceiro ano, ao quarto já começam a dar alguma coisa mais significativa e só ao quinto ano é que entram em produção máxima”, afirmou o dirigente da APK.

Alberto Rebelo revelou que a associação vai fazer um levantamento de todos os pomares de kiwi dos país e localizá-los em mapa, numa parceria com a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte.

O trabalho, disse, vai permitir à APK ter “um perfeito conhecimento do actual estado da kiwicultura em Portugal”.

Segundo o presidente da associação, existem entre 1300 a 1400 produtores de kiwi no país.