Obama poderá convidar John Kerry para secretário da Defesa

Kerry e Obama conheceram-se quando ambos estavam no Congresso
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Kerry e Obama conheceram-se quando ambos estavam no Congresso AFP
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John Kerry foi candidato à presidência em 2004 Chris Hondros/Getty Images/AFP

Presidente dos EUA vai chamar nomes novos para a equipa governativa do segundo mandato. A grande novidade, avança o The Washington Post, poderá se o convite ao senador John Kerry. para a pasta da Defesa, substituindo Leon Panetta.

No jogo de adivinhação que antecede as nomeações, a imprensa dos EUA - e as suas fontes - tinham vindo a apostar em Kerry para o cargo de secretário de Estado (repsonsável pela diplomacia), substituindo Hillary Clinton que sairá da Administração Obama e poderá começar a preparar a sua campanha para a presidência nas eleições de 2016.

O Washington Post diz que Obama substituirá uma mulher por outra, sendo praticamente certo que a embaixadora americana nas Nações Unidas, Susan Rice, será a nova secretária de Estado.

O vice-secretário da Defesa, Ashton B. Carter, é outro dos nomes que circulam como possivel na Defesa, assim como Michele Flour­noy, que teve um alto cargo no Pentágono.

John Kerry foi candidato à presidência em 2004 (perdeu para o republicano George W. Bush) e foi durante a Convenção partidária que formalizou a sua candidatura que Obama irrompeu na cena política. Realizou nessa altura um discurso que o Washington Post considerou memorável, tendo escrito que nesse momento "nasceu uma estrela".

Obama aproveita a tomada de posse do segundo mandato, em Janeiro, para fazer uma grande remodelação na equipa de Defesa e Segurança, diz o jornal. A substituição do director da CIA (a agência de espionagem) é uma obrigação, uma vez que o general David Petraeus se demitiu há dias devido a um caso de adultério. John O. Brennan, até aqui conselheiro principal para o contraterrorismo, está no topo da lista de candidatos, mas se mantiver o seu desejo de abandonar o Governo, então Obama passará ao segundo na lista, Michael J. Morell, o chefe executivo da CIA.

O Post sublinha que todos estes nomes são possibilidades e que o artigo resultou de contactos com uma série de fontes que também acautelaram as suas palavras, sublinhando que as decisões ainda não foram tomadas e que a discussão está apenas no início.

Susan Rice, por exemplo, está envolvida na polémica em torno do ataque contra a missão diplomática na Líbia em Setembro (o chefe da missão em Bangasi, embaixador J. Christopher Stevens, e mais três pessoas morreram), com alguns republicanos a considerarem que Rice tentou minimizar o atentado para não prejudicar a campanha de Obama pela reeleição. A oposição republicana diz que tentou passar a mensagem de que se tratou de um protesto não violento contra a presença americana na Líbia que correu mal, em vez de um ataque terrorista.

As fontes do jornal de Washington disseram que, apesar de toda a polémica - e da proximidade de um inquérito no Departamento de Estado ao atentado, que envolverá Susan Rice -, Obama vai defender a sua escolha.

Os envolvidos não quiseram comentar as notícias expeculativas. Só Panetta fez um pequeno comentário, quando lhe perguntaram se ficaria no Governo mais quatro anos ou sairá: "Não faço a menor ideia". 

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