Novak Djokovic é o número um e o Masters confirmou-o

O tenista sérvio termina o ano em beleza, ganhando todos os encontros da última grande competição mundial. Na final bateu em dois sets Roger Federer, número dois do ranking

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Djokovic com o troféu nas mãos Glin Kirk/AFP

Desde que perdeu a medalha de bronze para Juan Martin del Potro, nos Jogos Olímpicos de Londres, Novak Djokovic ganhou 30 dos 33 encontros realizados. Esta fortíssima ponta final da época ficou confirmada na Barclays ATP World Tour Finals, que o sérvio conquistou sem qualquer derrota.

Cinco vitórias sobre os mais directos rivais no circuito profissional (com excepção do lesionado Rafael Nadal) sendo a derradeira, conseguida numa emocionante final com Roger Federer, em que ganhou apenas mais um ponto (96-95), mas foi mais forte nos momentos decisivos de cada set.

Com a vitória pelos parciais de 7-6 (8-6), 7-5, em duas horas e 14 minutos, Djokovic, que tinha ganho o título em 2008 quando o Masters se realizou em Xangai (bateu Nikolay Davydenko), tornou-se no nono jogador diferente a ganhar o Masters enquanto número um do ranking — o último foi Federer em 2007.

Naquela que foi, apenas, a quarta final do Masters entre os dois primeiros do ranking em 43 anos de história — segunda nos últimos três anos — Federer entrou de rompante e ganhou os primeiros nove pontos do encontro, obtendo um break, em branco, pelo meio.

Mas depois de assegurar o serviço nas vantagens, Djokovic atacou mais a esquerda do suíço e foi premiado com um break. Uma nova quebra de serviço num longo jogo permitiu-lhe servir a 5-4, chegando a dispôr de um set-point. Talvez conhecedor da história entre ambos, em que o sérvio ganhou todos os encontros em que se impôs no set inicial, Federer reagiu, igualou e confirmou o ascendente com um jogo em branco. Djokovic recebeu assistência no cotovelo direito devido às consequências de uma queda mas regressou concentrado e recuperou de 0-30 para forçar o tie-break.

O set-point a 6-5 foi salvo com uma direita fantástica de Federer, praticamente de costas para a rede, mas na segunda oportunidade, o líder do ranking não desperdiçou.

No mais longo jogo do encontro (11 minutos), Federer abriu o segundo set com um break que confirmou facilmente. O suíço chegou a dispor de um break-point para 4-1, mas Djokovic manteve-se por perto e teve oportunidade de quebrar no oitavo jogo, anulada por um ás. Contando com a colaboração de Federer que a servir a 5-4, 40-15, desperdiçou dois set-points e dois jogos mais tarde voltou a servir… para se manter no encontro. E a pressão fez-se sentir: um erro não forçado a 30-30 deu match-point a Djokovic que concretizou num passing-shot de esquerda.

Este foi o 34.º título da carreira do sérvio e sexto no ano — atrás de David Ferrer (sete) e igual a Federer — que fecha com um máximo de 75 encontros ganhos. Djokovic, premiado com 1,3 milhões de euros por ter mantido a invencibilidade durante a semana, é também o primeiro a terminar a época no primeiro lugar do ranking em dois anos consecutivos desde Federer (2004 a 2007).

Federer contentou-se com 628 mil euros, mas continua a ser o jogador com mais sucesso no Masters, com seis títulos e 42 encontros ganhos. Ontem, defrontou um oitavo adversário diferente nas finais da prova, em que participou pela 11.ª vez — só Pete Sampras (11) e Ivan Lendl (12) fizeram igual, mas o suíço não conseguiu imitar este último, que venceu em três anos sucessivos (1985-87).

Federer terminou um excelente ano em que somou seis títulos, incluindo o 17.º do Grand Slam em Wimbledon, regressou ao topo do ranking, conquistou a medalha de prata nos Jogos de Londres, venceu mais de 70 encontros (72) pela primeira vez desde 2006 e termina no top 2 pela nona vez em 10 anos.

Ficou encerrada da melhor forma a época 2012 do ATP World Tour. O último torneio do ano teve uma afluência recorde de 263.229 espectadores na Arena O2 de Londres, ultrapassando o milhão de visitas no total das últimas quatro edições.
 
 
 

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