Novo museu de Zaha Hadid quer um "efeito mini-Bilbau" em Michigan

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O novo museu foi desenhado pela vencedora de um Pritzker, Zaha Hadid Zaha Adid Architects

O Eli and Edythe Broad Art Museum, integrado na Universidade do Michigan, nos EUA, abriu as portas da sua vasta colecção de arte, que vai da antiguidade clássica à arte contemporânea, no sábado. É um edifício da arquitecta Zaha Hadid e que o mecenas (e um dos coleccionadores de referência norte-americanos) Eli Broad espera que tenha "um efeito mini-Bilbau" - que, tal como o Guggenheim basco, leve à cidade de East Lansing, onde fica o campus, algum turismo cultural.

Broad confessou-o ao Wall Street Journal e o director do museu, Michael Rush, adiantou ainda aoThe Art Newspaper que há na génese do projecto uma preocupação com a internacionalização, também devido à grande comunidade internacional da Universidade de Michigan. Foram já estabelecidas várias parcerias com artistas e centros culturais de cidades como São Paulo, Dubai ou Istambul e as exposições inaugurais focam-se nestes mesmos eixos: há, por exemplo, Global Groove 1973/2012, que parte da vídeo-arte sul-coreana de Nam June Paik para falar de tendências artísticas naquele suporte, mas também futuras mostras temporárias sobre a arte contemporânea brasileira, indiana e paquistanesa.

O antigo museu de arte da Universidade do Michigan, o Kresge Art Museum, encerrou em Agosto deste ano, tendo as obras da sua colecção sido herdadas para o novo museu - cuja principal exposição inaugural é mesmo In Search of Time, composta pelo espólio de arte contemporânea dos Broad. Desenhado pela vencedora de um Pritzker Zaha Hadid, o edifício de 46 mil m2 apresenta uma fachada revestida a aço inoxidável e vidro plissado que contrasta com o edifício do campus norte da universidade, revestido a tijolo.

O novo museu de arte pretende ter um papel importante na interacção com os vários departamentos da universidade, disse Rush ao The Art Newspaper, dando como exemplo o artista Sam Van Aken, que trabalhará com o departamento de genética. Uma das inovações do novo museu é o Virtual Broad Art Museum, uma plataforma online que permite aos utilizadores navegar pelas infra-estruturas da instituição.

O Eli e Edythe Broad Art Museum recebeu o nome do casal filantropo, que doou cerca de 53 mil euros para a construção, cerca de 375 milhões de euros para aquisições e cerca de 2,5 milhões para outras operações. Eli e Edythe Broad são os fundadores da empresa SunAmerica Inc. e da KB Home, um atelier de arquitectura e design. Hoje são filantropos nas áreas da educação, ciência e artes. As suas colecções incluem cerca de 2000 trabalhos de mais de 200 artistas, de arte da pós-guerra e contemporânea.

Notícia actualizada às 15h56

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