Obra de Monet da série Nenúfares vendida por 34 milhões de euros

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Obra de Monet foi a peça mais cara do leilão de quarta-feira Reuters

Uma pintura da célebre série dos Nenúfares de Claude Monet (1840-1926) foi leiloada esta quarta-feira em Nova Iorque, EUA, por 43,7 milhões de dólares (cerca de 34 milhões de euros).

No mesmo leilão, organizado pela Christie’s, o outro destaque foi para uma obra de Kandinsky arrematada por 23 milhões de dólares (aproximadamente 18 milhões de euros).

O quadro de Monet – a venda mais alta da noite –, é uma das 60 obras que o pintor francês fez entre 1905 e 1908 e que constitui a conhecida série dos Nenúfares, que o imortalizou e é considerada como um dos maiores exemplos do movimento impressionista. A obra leiloada está datada de 1905, durante a estadia do pintor em Giverny.

“O ousado movimento que introduziu nas suas pinturas, graças ao reflexo da luz sobre a superfície da água, converteu Monet num dos pintores de paisagens mais inovadores do seu tempo”, escreveu em comunicado Brooke Lampley, responsável pelo departamento de arte impressionista da Christie’s.

O valor pago ficou dentro das estimativas da leiloeira, que apontavam para a venda entre os 30 milhões de dólares (23,4 milhões de euros) e os 50 milhões de dólares (39 milhões de euros).

Studie für Improvisation 8

, pintado por Wassily Kandinsky (1866-1944) em 1909, foi outra das estrelas do leilão ao ser arrematado por 23 milhões de dólares (aproximadamente 18 milhões de euros), estabelecendo um novo recorde de venda em leilão para o artista. O anterior recorde de Kandinsky pertencia a

Fugue

, vendido por 20,9 milhões de dólares (16,3 milhões de euros) na década de 1990.

Peinture (Femme, Journal, Chien)

, do surrealista espanhol Joan Miró (1893-1983), foi vendida por 12,2 milhões de dólares (9,5 milhões de euros).

De Alberto Giacometti (1901-1966) foram três bustos à praça, tendo-se destacado a obra La Jambe, leiloada por 11,3 milhões de dólares (8,1 milhões de euros).

No total, a leiloeira somou 204 milhões de dólares (cerca de 160 milhões de euros), um resultado abaixo das estimativas iniciais neste arranque da época de Outono. Dos 69 lotes, 21 de artistas como Picasso, Miró, Chagall e Leger não encontraram compradores. O furacão Sandy, que já tinha adiado o leilão da Sotheby’s, que acontece esta quinta-feira, ou as eleições são algumas das justificações apontadas. No entanto, segundo o Wall Street Journal, os compradores estão à espera das grandes obras para investirem nos leilões.

Esta noite, a grande estrela do leilão da Sotheby’s é a pintura que Picasso fez em 1932 da jovem amante Marie-Thérèse Walter. As estimativas apontam para que a obra seja vendida entre os 35 milhões de dólares (27,3 milhões de euros) e os 50 milhões de dólares (39 milhões de euros).

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