Uma centena de desempregados acumula subsídio com salário

Ministro da Economia avançou com os primeiros resultados da medida que entrou em vigor em Agosto.

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, garantiu nesta quarta-feira aos deputados que “perto de uma centena” de desempregados está a acumular subsídio de desemprego com salário.

Durante a discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2013, o ministro voltou a lembrar que “o desemprego é, de longe, o maior flagelo social do país” e enunciou as medidas que têm sido tomadas para travar o problema.

Nesse contexto, anunciou que “perto de uma centena” de desempregados beneficia da medida que entrou em vigor a 6 de Agosto e que permite que os desempregados inscritos há pelo menos seis meses nos centros de emprego acumulem subsídio com salário.

Este apoio é atribuído por um período máximo de 12 meses e corresponde a 50% do subsídio durante os primeiros seis meses, com um limite de 500 euros mensais, e a 25% nos seis meses seguintes, limitado a 250 euros mensais.

Santos Pereira garantiu ainda que a medida Estímulo 2012 já atraiu 13 mil ofertas de emprego e permitiu a colocação, até ao dia 4 de Novembro, de 8258 desempregados.

“Cerca de 2708 empresas colocaram pela primeira vez ofertas nos centros de emprego”, graças ao programa, frisou o ministro.

Esta medida passa pelo pagamento, por parte do Instituto de Emprego e Formação Profissional, de 50% do salário do desempregado contratado, até um limite de 418,22 euros.

PS acusa Santos Pereira de estar a tomar “medidazinhas”

A oposição desvalorizou estas medidas de apoio ao emprego. “[O ministro da Economia] está no meio do furacão com um guarda-chuva”, resumiu a deputada do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.

Também da bancada do PS vieram críticas pela voz da deputada Sónia Fertuzinhos, que destacou a redução do número de pessoas abrangidas face ao ano passado. “Estamos perante incompetência?”, questionou. A deputada socialista Hortense Martins acusou o Governo de tomar “medidazinhas” para combater o desemprego, dando como exemplo o Impulso Jovem.

Santos Pereira reconheceu a necessidade de o Governo fazer um esforço na divulgação das medidas, mas rejeitou falar em “medidazinhas”. “Trata-se de medidas urgentes para reduzirmos o maior flagelo social que temos em Portugal. A senhora deputada está a diminuir a importância do combate ao desemprego”, realçou o ministro.

Notícia actualizada às 18h19

Acrescentadas informação sobre o debate parlamentar.


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