Universidade do Algarve “não pode funcionar” em 2013 com corte de 4 milhões

O orçamento total da instituição para o próximo ano ultrapassa os 40 milhões de euros e os cortes previstos são na ordem dos 4 milhões de euros

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A UAlg fez tudo aquilo que era possível para reduzir custos, diz o reitor Daniel Rocha

O reitor da Universidade do Algarve (UAlg) reiterou esta terça-feira que a instituição “não pode funcionar” com os cortes previstos no Orçamento do Estado (OE) e afirmou que já foi feito “tudo o que era possível” para reduzir custos.

Em causa está a proposta de um corte médio na transferência de verbas do OE para as universidades na ordem dos 10 por cento e que, no caso da UAlg, ronda os 12,5 por cento, disse João Guerreiro aos jornalistas.

Sublinhando que não existe em curso um plano para enfrentar a previsível redução de verbas porque a universidade “não pode funcionar com aqueles cortes”, o reitor da UAlg atribui a resolução do problema à Assembleia da República (AR).

“A UAlg não tem plano nenhum porque não pode funcionar com aqueles cortes. A AR tem que resolver esse problema de forma satisfatória à universidade”, sublinhou. Segundo João Guerreiro, nos últimos anos foi feito “tudo aquilo que era possível para reduzir custos”, tendo sido renegociados serviços e fixado o corpo de docentes no patamar mínimo para manter a qualidade de ensino.

As propinas para o ano lectivo 2012/2013 já foram fixadas pelo Conselho Geral da Universidade e não podem ser alteradas, mas mesmo que fosse estabelecida a propina máxima a receita seria muito pequena comparavelmente aos cortes previstos, referiu. Por outro lado, não é possível fazer despedimentos porque os docentes têm um contrato com a Administração Pública e a universidade “não tem mecanismos para fazer cessar os contratos”, acrescentou.

João Guerreiro manifestou-se, contudo, confiante de que o Governo irá recuar na proposta apresentada, frisando que não vê outra alternativa para que a universidade possa funcionar. O orçamento total da UALg para 2013 ultrapassa os 40 milhões de euros e os cortes previstos são na ordem dos 4 milhões de euros.

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