"Só podemos olhar em frente quando estivermos na próxima fase", alerta Vítor Pereira

O treinador do FC Porto, que não esconde alguma simpatia pelo Dínamo Kiev, espera uma equipa combativa na Ucrânia, capaz de confirmar o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões.

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Vítor Pereira, no Estádio Olímpico de Kiev Sergei Supinsky/AFP

O treinador do FC Porto, Vítor Pereira, confessa que gostava que o Dínamo Kiev passasse à segunda fase da Liga dos Campeões de futebol, mas garante não estar disposto a dar qualquer presente ao adversário no jogo de terça-feira.

“Gosto do Dínamo e não quero que a equipa seja afastada nesta fase da competição, especialmente porque hoje é o 60.º aniversário do seu treinador [Oleg Blokhin]. Desejamos-lhe muita saúde e um feliz regresso, mas não haverá presentes para ele no campo”, disse Vítor Pereira, referindo-se aos problemas de saúde que afastaram temporariamente o treinador ucraniano do banco.

O técnico dos “azuis e brancos” assegurou que planeou “um jogo interessante” para Kiev, na expectativa de motivar o adversário de modo a mostrar “o seu verdadeiro carácter” e “o desejo” de continuar “vivo” no grupo A da Liga dos Campeões, no qual é terceiro com três pontos.

“O Dínamo precisa dos três pontos, por isso é provável que o treinador mude a táctica e jogue com maior agressividade, mas isso não nos importa. Vamos manter-nos fiéis ao nosso estilo e tentar controlar a bola com inteligência, jogando como uma unidade”, explicou, indicando que confia na criatividade dos seus jogadores para decidir o encontro.

Vítor Pereira acredita que o jogo da quarta jornada do Grupo A será “desafiante” para os dois conjuntos, mas que será o FC Porto a somar os três pontos, garantindo assim o apuramento para os oitavos-de-final. “Sabemos o que queremos desta competição. Temos ambições, no entanto o nosso principal objetivo é ganhar o próximo jogo. Só podemos olhar em frente quando estivermos certos de que estamos na próxima fase”, lembrou.

Apesar das inúmeras mensagens de parabéns, Oleg Blokhin não teve um dia totalmente feliz, já que viu os médicos confirmarem que não poderá estar no banco esta terça-feira. “Farei a palestra pré-jogo e irei ao balneário no intervalo. Será muito duro, mas sabemos que só a vitória serve”, reconheceu.

O treinador ucraniano, que foi operado depois de uma crise de hipertensão e está há um mês de baixa, sabe que o duelo com o líder do Grupo A é uma verdadeira final.

“Se não vencermos o FC Porto amanhã [terça-feira] e o Paris Saint-Germain no próximo jogo, podemos esquecer o apuramento”, concluiu.
 

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