Ricardo Cabral, David Soares, Filipe Melo e Juan Cavia premiados no AmadoraBD2012

O segundo volume de “As aventuras de Dog Mendonça e Pizabboy”, de Filipe Melo e Juan Cavia, foi eleito o melhor álbum português de banda desenhada pelo Festival Internacional de BD da Amadora.

O escritor David Soares foi distinguido com o prémio de melhor argumento, no livro “O pequeno deus cego”, e Ricardo Cabral recebeu o prémio de melhor desenho, pela obra “Pontas Soltas: Cidades”.

Todos os anos, o festival AmadoraBD distingue as melhores obras de banda desenhada portuguesas e estrangeiras, publicadas no mercado nacional ao longo dos últimos meses, e os vencedores deste ano foram anunciados este sábado, numa cerimónia nos Recreios da Amadora.

“As extraordinárias aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy - Apocalipse” é o segundo volume de uma banda desenhada do argumentista e músico português Filipe Melo, com desenho do argentino Juan Cavia, editado no final de 2011 pela Tinta da China.

Com prefácio do realizador George Romero, o livro retoma os protagonistas do primeiro volume, também já premiado no Amadora BD: o detective Dog Mendonça e Eurico Catatau, um antigo distribuidor de pizzas, que enfrentam novamente as forças do oculto em Lisboa, mas desta vez num cenário bíblico do fim do mundo.

O prémio de melhor argumento segue para o escritor David Soares, por causa de “O pequeno deus cego”, com desenho de Pedor Serpa e edição da Kingpin Books, protagonizado por Sem-Olhos, um menino cego que a mãe educou para ser uma menina.

Ricardo Cabral, que venceu no ano passado este mesmo prémio com “Newborn - 10 Dias no Kosovo”, é agora distinguido com “Pontas Soltas: Cidades” (Edições Asa), narrativas curtas em forma de banda desenhada sobre cinco cidades, num registo com traços autobiográficos.

Além destas categorias, o festival AmadoraBD distinguiu também a novela gráfica “Blankets”, de Craig Thomspon, como melhor álbum estrangeiro, e o quinto volume da série “Mutts”, de Patrick Macdonell, protagonizadas pelo cão Earl e o gato Mooch, como melhor álbum de tiras humorísticas.

Madalena Matoso, já distinguida com o Prémio Nacional de Ilustração, vê premiado o seu trabalho em “Todos fazemos tudo” (Planeta Tangerina), como melhor ilustração de livro infantil.

“Sangue violeta e outros contos” (El Pep), de Fernando Relvas, livro que recupera as bandas desenhadas que o autor publicou no semanário Se7e nos anos 1980, foi eleito o melhor clássico da nona arte.

O prémio de melhor fanzine foi para “Fábrica, baldios, fé e pedras atiradas à lama”, coordenada por Tiago Batista e editada pela Oficina do Cego.

A 23.ª edição do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, que tem este ano como tema central a autobiografia, termina no dia 11.

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