Relógio D’Água, Cotovia e Ecopy com bolsa para publicar autores brasileiros

Foto
A intenção do Governo brasileiro é promover os autores do país pelo mundo Johannes Eisele/AFP

O programa foi apresentado no Verão de 2011 e já tem beneficiários portugueses: as editoras Relógio D’Água, Cotovia e Ecopy vão receber bolsas de mais de 4000 euros do Governo brasileiro para publicar ou reeditar obras de Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade ou Dalton Trevisan.

A Fundação Biblioteca Nacional, do Brasil, anunciou hoje os resultados das candidaturas abertas em Julho para bolsas até seis mil dólares (cerca de 4620 euros), atribuídas no âmbito de um programa de incentivo à publicação de autores brasileiros no estrangeiro - neste caso, o Programa de Apoio à Publicação de Autores Brasileiros na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), vigente até Dezembro de 2020. Segundo o edital que rege o programa, a verba de seis mil dólares é atribuída a "cada projeto de publicação".

No caso da Relógio D'Água, segundo a Lusa, a editora vai receber apoio na publicação de cinco obras - três títulos de Clarice Lispector (1920-1977) e dois de Dalton Trevisan, vencedor do Prémio Camões 2012. Já a Ecopy publicará com estes apoios os títulos Esfinges, da poetisa Francisca da Silva (1871-1920), e Aleluias, de Raimundo Correia (1859-1911). Por fim, a Cotovia publicará Um Homem Célebre, de Machado de Assis (1839-1908), Malaguetas Perus e Bacanaço, primeiro livro de João António (1937-1996), vencedor do prémio Jabuti; e Claro Enigma, do poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987).

Em Julho de 2011, na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), a ministra da Cultura brasileira, Ana de Hollanda, e o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, anunciaram a criação de um programa de incentivos à publicação e tradução autores brasileiros no estrangeiro que inclui estes apoios à publicação destes autores nos países da CPLP. As verbas provêm do Fundo Nacional de Cultura brasileiro e o objectivo é potenciar a divulgação dos autores brasileiros pelo mundo.

A Fundação Biblioteca Nacional prevê que até 2020 sejam atribuídos 12 milhões de reais (cerca de 5 milhões de euros) a editoras estrangeiras interessadas em traduzir ou reeditar autores brasileiros. "Para a edição que compreende o triénio 2010/2013, com reflexos já na Feira do Livro Frankfurt em 2013 [em que o Brasil é o país convidado], serão investidos 3,2 milhões de reais", disse Galeno Amorim na altura.

Sugerir correcção
Comentar