1100 imóveis entregues aos bancos no terceiro trimestre

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Quase um terço das casas entregues até Setembro ocorreu nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto Foto: Nelson Garrido

Um quarto dos 4400 imóveis entregues aos bancos para pagamento de dívida nos nove primeiros meses do ano registou-se entre Julho e Setembro. O número de situações de incumprimento que levaram à entrega de casas, terrenos e outros imóveis estabilizou nos últimos meses, uma evolução que a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) atribui ao ambiente mais favorável à renegociação dos créditos.

Cerca de 1100 imóveis foram entregues aos bancos por famílias e promotores imobiliários no terceiro trimestre, mostram dados divulgados esta segunda-feira pela APEMIP.

Este número representa quase metade dos casos observados nos três primeiros meses do ano, quando um forte aumento de casos fazia prever “um verdadeiro desastre de proporções incalculáveis pela desregulação do mercador imobiliário” nos meses seguintes.

Ao contrário do que a associação previa – tendo em conta o aumento de 74% nas entregas entre Janeiro e Março, face ao mesmo período do ano passado – o número de casos foi estabilizando, sublinha a APEMIP. Ainda assim, se for comparado o segundo com o terceiro trimestre, houve um aumento de 9,9% no número de entregas em dação em pagamento.

A APEMIP explica estes números com a conjuntura económica portuguesa e o fraco nível de confiança no mercado imobiliário. Mas, acredita o presidente da associação, Luís Lima, o sector financeiro criou ao mesmo tempo um “ambiente mais propício à renegociação”, para que a prática da entrega de imóveis não passasse a ser a regra, mas uma excepção. Para isso, explica numa nota enviada às redacções, contribuiu em parte “a mediatização da sentença do tribunal de Portalegre”.

Os dados divulgados pela APEMIP mostram ainda que quase um terço das entregas entre Janeiro e Setembro foi de imóveis das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.

Notícia substituída às 12h39

Despacho da Lusa substituído por notícia do PÚBLICO


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