16 bancos suspeitos no caso da manipulação da taxa Libor

Foto
O Lloyds junta-se à lista das autoridades dos EUA Foto: Suzanne Plunkett/Reuters

Começou com o Barclays, arrastou nomes fortes da banca mundial e, agora, há mais nove bancos na mira das autoridades norte-americanas por suspeita de manipulação da taxa Libor. O número de bancos sob investigação sobe para 16, avança o Wall Street Journal.

A Libor é o indexante no espaço anglo-saxónico para a taxa média a que os bancos emprestam dinheiro entre si. Segundo o jornal norte-americano, na lista dos novos processos em curso nas procuradorias judiciais dos estados de Nova Iorque e Connecticut estão o Bank of America, o britânico Lloyds (liderado actualmente pelo português António Horta-Osório), o Credit Suisse, o francês Société Générale, o holandês Rabobank, o alemão West LB, o Royal Bank of Canada e os japoneses Norinchukin e Bank of Tokyo Mitsubishi.

No escândalo da manipulação da taxa Libor, que o britânico Barclays começou por protagonizar, as autoridades norte-americanas procuram apurar em que circunstâncias é que a taxa foi manipulada e quais as consequências para quem subscreveu produtos bancários.

Outros nomes de peso do sector financeiro mundial já estavam sob investigação das autoridades: os norte-americanos JP Morgan Chase e Citigroup, os britânicos HSBC e RBS, o alemão Deutsche Bank e o suíço UBS.

O escândalo veio a público quando o Barclays admitiu o seu envolvimento. O banco foi multado em cerca de 360 milhões de euros e o chairman e o presidente executivo do grupo acabaram por sair.

A taxa Libor – formada através de uma consulta a 16 bancos que indicam qual a taxa que esperam pagar para conseguir empréstimos de concorrentes seus – tem como congénere no espaço da moeda única a Euribor. Serve de referência para um mercado avaliado em mais de 300 biliões (milhões de milhões) de euros.

Notícia corrigida às 10h54

Onde se lê “no escândalo da manipulação da taxa Libor”, lia-se “no caso da manipulação da taxa Libor”.


Sugerir correcção
Comentar